terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

enquete do INCA

O jornal O Estado de São Paulo está realizando uma enquete para saber a opinião das pessoas sobre o projeto de lei que prevê a proibição dos fumódromos. Participe! Sua opinião é importante. Para votar, acesse http://www.estadao.com.br/pages/enquetes/default.htm?id_enquete=132


Instituto Nacional de Câncer

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Cartão vermelho ao tabaco

Vejam que iniciativa bacana do PACAEMBU e do jornal DESTAK por deixar a matéria na capa!!!'


O Pacaembu, que está em reforma desde o fim do ano passado, vai ser reaberto no mês que vem como o primeiro estádio de futebol do país em que será proibido fumar fora de uma área exclusiva.

Estádio reabre em março e vai ser o primeiro do país em que fumar fora de áreas exclusivas será proibido: PM fará a fiscalização (Foto: Zanone Fraissat/Futura Press/10.JAN.2008)A área ficará em um dos setores mais caros do estádio, nas numeradas. No total, devem ser reservadas 500 cadeiras no setor, que tem 12.627 lugares para torcedores e preço médio de R$ 40.

A restrição, em fase de detalhamento, será imposta por portaria do secretário de Esportes, Walter Feldman, que deve ser publicada na próxima semana no Diário Oficial. “Está decidido. Esse será o novo Pacaembu”, disse ele ontem ao Destak .

A medida será adotada após a administração Gilberto Kassab (DEM) ter anunciado lei que proíbe charutos cachimbos e cigarrilhas em restaurantes e bares.

Na esfera federal, também deve ser enviado ao Congresso projeto que acaba com os fumódromos em locais públicos e privados.

Feldman, porém, não acredita que a medida atingirá o fumódromo do Pacaembu. “A medida federal está meio vaga ainda”, disse o secretário, que não fuma.

As medidas restritivas estão alinhadas às sugestões da Organização Mundial da Saúde para combater o fumo, que pode matar 1 bilhão de pessoas no planeta até 2100.

Fiscalização
O novo cerco aos fumantes da capital foi sugerido pela direção do Pacaembu e pela Secretaria de Esportes. A fiscalização será feita pela Polícia Militar, que será orientada sobre a regra.

Haverá também alertas nos ingressos e campanhas educativas, além de placas informando o veto ao fumo fora da área nas numeradas.

Na capital, 28% bebem e 12,4% fumam diariamente
Pesquisa feita na cidade pela Secretaria Estadual da Saúde mostra que a proporção de pessoas que bebem diariamente é maior que o percentual daqueles que fumam todos os dias.

Cerca de 74% dos entrevistados disseram já ter experimentado álcool. Desses, 28% afirmaram que, nos últimos três meses, tomaram bebidas alcoólicas diariamente ou quase todos os dias.

Já entre os 66,3% que afirmaram ter tragado por pelo menos uma vez algum derivado do tabaco, 12,4% disseram consumir cigarros com a mesma periodicidade.

O Cratod, órgão da secretaria que oferece tratamento a dependentes químicos, entrevistou 339 pessoas em pontos de grande circulação da cidade, inclusive a avenida Paulista. Pessoas com alto grau de dependência foram encaminhadas para tratamento.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Visão sobre tabagismo

Falta o mais óbvio
A EXEMPLO do que ocorreu com o tratamento da Aids, o Brasil aparece como destaque positivo no mais recente relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o controle do fumo.
Das seis medidas preconizadas pela entidade para conter a epidemia -políticas de prevenção, leis que criem áreas livres de fumo, alertas sobre os males do cigarro, restrições à publicidade, disponibilidade de tratamentos de cessação do tabagismo e elevação dos impostos sobre produtos fumígenos-, o país cumpre quatro. Não é pouco. Nenhuma nação em desenvolvimento conseguiu ainda combinar todas as seis e, no plano mundial, apenas 5% da população estão protegidos por elas.
Mais do que isso, o Brasil recebeu menção elogiosa do relatório por seu modelo de maços com fotos ilustrativas das moléstias associadas ao fumo e por oferecer na rede pública de saúde terapias de interrupção do tabagismo.
Diante de tantos esforços -alguns dos quais custosos política e financeiramente- é incrível que o país ainda relute em adotar a mais óbvia das medidas, que é a elevação dos tributos incidentes sobre o cigarro, compensada por alívio fiscal em outros setores. Segundo a OMS, em países em desenvolvimento, um aumento de 10% nas taxas resulta em redução de 8% no consumo.
A alegação do governo para desdenhar da medida é que um aumento de impostos estimularia o contrabando. O vínculo entre carga fiscal e tendência à fraude é inegável, mas isso não justifica o imobilismo. A Espanha, que também tinha um problema grave de contrabando, conseguiu reduzi-lo ao mesmo tempo em que elevou as taxas.
É o caso de aumentar a taxa e combater o contrabando pela via convencional, que é a polícia. O país só tem a ganhar se menos jovens se tornarem tabagistas.

EDITORIAL: FOLHA DE SÃO PAULO: 09 DE SETEMBRO DE 2008