O economista André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getúlio Vargas, concluiu em uma pesquisa que, além de fazer mal à saúde, o cigarro também causa danos ao bolso do fumante. De acordo com a pesquisa, o fumante gasta mais com cigarros do que com o arroz e feijão, refeição básica da maioria das famílias brasileiras. "De 2004 pra cá, os preços do arroz e feijão caíram em média 20%, enquanto os preços do cigarro subiram 30% em média. Nessa conta, como o preço do arroz e feijão ficou mais baixo, ele passou a pesar um pouco menos no orçamento familiar. Em contrapartida, o cigarro começou a pesar um pouco mais", explica Braz. O resultado disto é que a despesa com cigarros, que no biênio 2002/2003 comprometia 1,03% da renda familiar, passou a representar 1,25% dos gastos. Já com feijão e arroz, a despesa diminuiu: passou de 1,3% da renda das famílias para 0,85%.
De acordo com o economista, o Índice de Preços ao Consumidor de maio, que será divulgado no inicio do próximo mês, vai trazer mais uma má notícia para os fumantes: o peso do cigarro no orçamento familiar deverá ficar ainda maior. É que o índice já vai mostrar o impacto do reajuste no preço do produto, ocorrido no fim de abril. "Para aqueles que fumam, ficou mais caro sustentar o vicio", conclui André Braz.
Veja ao lado um link que calcula os seus gastos....
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
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França inicia 2008 com proibição de fumo em bares e restaurantes
Entra em vigor na França, a partir de amanhã, um decreto que proíbe fumar em todos os bares, cafés, restaurantes e discotecas do país. Em fevereiro deste ano, o governo já havia proibido o fumo em locais públicos como hospitais, estações de trem, escolas, empresas, lojas e repartições públicas. A intenção é reduzir o número de fumantes no país – cerca de 15 milhões de pessoas (25% da população). Quem desobedecer a lei pagará multa, que pode chegar a 750 euros (cerca de R$ 1.970) para os comerciantes e 450 euros (R$ 1.180) para o cliente. O governo já está veiculando campanhas de informação sobre os perigos do cigarro, e promete financiar parte do tratamento de quem quiser largar o vício.
BBC Brasil, 31 de dezembro de 2007
Portugal proíbe o fumo em locais públicos a partir desta terça-feira
Portugal entrará para a lista de países que proíbem o fumo em lugares públicos fechados a partir de terça-feira, quando entrará em vigor uma lei que afetará cerca de 20% da população, que é a estimativa da quantidade de portugueses fumantes.
A nova lei estabelece que a partir de meia-noite será proibido fumar em todos os locais públicos. A norma também prevê que o Estado passe a oferecer ajuda médica para quem desejar abandonar o hábito de fumar.
Os portugueses estarão proibidos de fumar em locais de trabalho, centros de saúde, hospitais, museus, centros culturais, restaurantes, bares, discotecas, centros de educação e hotéis.
A norma proíbe o fumo em bares e discotecas com menos de 100 metros quadrados, o que na prática afetará mais de 90% dos estabelecimentos do país.
A lei permite a criação de espaços para fumantes em locais dessa natureza, sempre que eles estejam separados das outras partes e não ocupem mais de 30% da área total do estabelecimento.
Fumar estará proibido em todos os centros de saúde, exceto nas unidades psiquiátricas e nos setores dedicados à reabilitação de drogados e alcoólatras, que poderão dispor de áreas exclusivamente dedicadas a pacientes fumantes.
Os hotéis também contarão com quartos ou apartamentos para fumantes, sempre que não superarem 40% da área total do edifício.
Também há exceções para as prisões, que poderão organizar celas para fumantes, sendo permitida a prática nas áreas ao ar livre.
Não será permitido fumar nos locais de trabalho nem em refeitórios ou bares dedicados aos funcionários, embora estejam autorizados locais específicos para quem quiser acender um cigarro durante a jornada de trabalho.
A nova lei antitabaco obriga o Estado a prestar atendimento a fumantes que desejem abandonar o vício.
O programa traçado pela Direção Geral de Saúde prevê que cada fumante realize entre quatro e seis consultas médicas de cerca de 20 minutos nos centros de saúde da Seguridade Social.
As multas para quem infringir a lei variam de € 50 a € 750, valor que aumenta para € 50 mil no caso dos donos de estabelecimentos e para serviços do Governo que não cumprirem a legislação.
Há sanções previstas que chegam a € 250 mil para infrações relativas ao descumprimento da lei para quem promover e patrocinar o tabaco.
Da Efe
Em Lisboa: 31/12/2007
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