sexta-feira, 29 de maio de 2009
Novas imagens nos maços
28/05/2009 - Pesquisa do INCA revela que imagens dos maços desestimulam fumo
O tema escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco, em 31 de maio deste ano, foi “Mostre a verdade. Advertências Sanitárias salvam vidas”, com o objetivo de reforçar as campanhas de de alerta aos males do tabagismo nos países. O Brasil possui, desde 2001, uma das campanhas de advertências sanitárias mais avançadas do mundo, mas iniciou recentemente, em parceria com a Universidade de Waterloo, no Canadá, uma pesquisa para medir, de forma contínua, o grau de impacto dessas ações na população.
O Projeto de Avaliação do Controle do Tabaco no Brasil, que está sendo aplicado pela primeira vez no país, integra o International Tobacco Control Evaluation Project (ITC Project), pesquisa internacional, coordenada pela Universidade de Waterloo, sobre políticas de controle do tabaco que se estende por outros 18 países.
Os resultados preliminares do estudo brasileiro foram divulgados pelo INCA na quarta-feira, 27/5, como parte das comemorações do Dia Mundial sem Tabaco. Segundo a técnica da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto, Cristina Perez, 48,2% dos fumantes disseram que as advertências nos maços de cigarros os torna mais propensos a deixar de fumar. “As imagens e frases impressas impediram que 39,1% dos fumantes pegassem um cigarro quando eles estavam prestes a fumar, nos últimos 30 dias. E 61,6% dos fumantes (e 83.2% dos não-fumantes) disseram que as advertências os fizeram pensar, um pouco ou muito, sobre os riscos à saúde provocados pelo tabagismo”, revelou Perez.
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DICA DE CINEMA
SÃO PAULO - A diretora Adriana Dutra faz sua estreia em longa-metragem com um documentário bem humorado sobre um tema muito sério: a dificuldade dos fumantes em parar de fumar.
"Fumando Espero" estreia em São Paulo em um momento muito oportuno, quase simultaneamente à proibição do cigarro em ambientes fechados por força de lei estadual. E a própria diretora aproveita o filme para também abandonar o vício, com ajuda médica e dos próprios entrevistados, que revelam as dificuldades que enfrentaram nessa luta difícil.
"Fumando Espero" pode servir de apoio às pessoas que lutam para abandonar o cigarro ou para as entidades engajadas na luta contra o tabagismo. É um filme bem intencionado, mas poderá ter dificuldades para atingir plateias mais amplas que não estejam envolvidas com o tema, como fumantes, médicos e ativistas da causa antitabagista.
O título é uma menção bem humorada a um tango muito popular nos anos 1950 na Argentina e que ganhou versão em português na voz de Ângela Maria.
A diretora e roteirista intercala sua luta pessoal com imagens e dados sobre a história do cigarro no mundo e depoimentos de médicos, especialistas, fumantes e ex-fumantes.
Enquanto se submetia a exames, entrevistava pessoas que, um dia, também tiveram coragem de tomar a mesma decisão, como o ator Ney Latorraca, que só se convenceu ao ouvir, pelo telefone, a advertência de um médico: "Pela sua voz, você pode estar com câncer, venha para o consultório imediatamente". O ator relembra: "Eu demorei para sacar que precisava de ajuda médica. Nesse dia eu senti que estava com os dias contados e então parei."
Reportagem obtida no REUTERS http://cinema.uol.com.br/ultnot/2009/05/07/ult26u28267.jhtm
Site do filmne:http://www.fumandoespero.com.br/
Proibição em locai fechados de uso coletivo
O Estado de São Paulo proibiu o fumo em estabelecimentos fechados de uso coletivo. A nova lei foi sancionada nesta quinta-feira, 7 de maio, pelo governador José Serra, durante evento no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, na capital paulista. Trata-se de mais dura legislação contra o tabaco já adotada na história de São Paulo, em defesa da saúde pública.
A partir de agora os estabelecimentos têm 90 dias para se adaptar à legislação. Com a medida São Paulo acaba com os fumódromos e se alinha às tendências internacionais de combate aos males causados pelo tabagismo, especialmente em relação ao fumo passivo. Cidades como Paris, Nova York e Buenos Aires já adotaram medidas similares de restrição ao fumo para promoção de ambientes livres da poluição pela fumaça do cigarro.
Pela nova lei, que entrará em vigor daqui a 90 dias, não será permitido consumir cigarros, charutos, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguiles ou quaisquer outros produtos fumígenos em bares, restaurantes, danceterias, boates, cinemas, shoppings, bancos, supermercados, açougues, padarias, farmácias, repartições públicas, instituições de saúde e escolas.
Também fica proibido fumar em casas de espetáculo, ambientes de trabalho, estudo, culto religioso, lazer, esporte e entretenimento, bibliotecas, espaços de exposições, veículos de transporte coletivo, táxis e nas áreas comuns de condomínios, hotéis, pousadas e dos condomínios residenciais e comerciais.
As sanções poderão ser aplicadas pela Vigilância Sanitária e Procon, atingindo exclusivamente os estabelecimentos que descumprirem a nova lei. Não haverá fiscalização e nem penalidades aos fumantes. A Secretaria de Estado da Saúde irá criar um canal para denúncias da população sobre locais que infringirem a legislação. Os responsáveis pelos estabelecimentos deverão advertir os fumantes e afixar avisos sobre a proibição em locais visíveis.
A restrição adotada pelo Estado de São Paulo está em harmonia com o previsto em convenção da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o controle do tabaco, que foi ratificada pelo Brasil. O documento prevê que os países signatários impeçam, em ambientes fechados, a exposição de pessoas à fumaça do tabaco.
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