sexta-feira, 29 de maio de 2009
Novas imagens nos maços
28/05/2009 - Pesquisa do INCA revela que imagens dos maços desestimulam fumo
O tema escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco, em 31 de maio deste ano, foi “Mostre a verdade. Advertências Sanitárias salvam vidas”, com o objetivo de reforçar as campanhas de de alerta aos males do tabagismo nos países. O Brasil possui, desde 2001, uma das campanhas de advertências sanitárias mais avançadas do mundo, mas iniciou recentemente, em parceria com a Universidade de Waterloo, no Canadá, uma pesquisa para medir, de forma contínua, o grau de impacto dessas ações na população.
O Projeto de Avaliação do Controle do Tabaco no Brasil, que está sendo aplicado pela primeira vez no país, integra o International Tobacco Control Evaluation Project (ITC Project), pesquisa internacional, coordenada pela Universidade de Waterloo, sobre políticas de controle do tabaco que se estende por outros 18 países.
Os resultados preliminares do estudo brasileiro foram divulgados pelo INCA na quarta-feira, 27/5, como parte das comemorações do Dia Mundial sem Tabaco. Segundo a técnica da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto, Cristina Perez, 48,2% dos fumantes disseram que as advertências nos maços de cigarros os torna mais propensos a deixar de fumar. “As imagens e frases impressas impediram que 39,1% dos fumantes pegassem um cigarro quando eles estavam prestes a fumar, nos últimos 30 dias. E 61,6% dos fumantes (e 83.2% dos não-fumantes) disseram que as advertências os fizeram pensar, um pouco ou muito, sobre os riscos à saúde provocados pelo tabagismo”, revelou Perez.
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Depoimento enviado pelo leitor José de Freitas
Hoje, aos 71 anos de idade, com câncer nos dois pulmões, com meu peso reduzido a 55 kilos, pareço-me como um daqueles cidadãos judeus que apareceu no filme holocausto, ou com um daqueles que passaram por Treblinka. Tudo isto graças ao maldito cigarro!
Sou de uma geração enganada, onde o slogan “o sabor do sucesso” induzia você a estar quase sempre com um cigarro na boca, como se aquele gesto de engolir fumaça e soltá-la pelas narinas e boca fosse algo muito especial, e que me traria bonitas mulheres, lanchas e automóveis como era exposto na televisão propagando o cigarro!
Quando vejo hoje o que fui e vejo a morte chegando pouco a pouco a minha frente, pois não adianta nem mais fazer quimioterapia (já fiz duas seções de seis quimios cada) me arrependo profundamente de ter sido o idiota que fui, e de não ter atendido aos apelos de meu pai para deixar de fumar (quando abria meu guarda-roupa encontrava recortes de jornais ali fixados por ele falando os males que ocorreria aos fumantes inveterados como eu era).
Como todo fumante dizia, ora minha mãe morreu de câncer sem fumar, por que tenho de me preocupar? Só que não sabia que iria sofrer tanto! Hoje não posso nem andar cem metros que me falta ar nos pulmões, vivo deitado, já que estou tão esquelético que não posso sentar-me, pois doi-me as nádega. As dores dos pulmões são horríveis. Qualquer dia desses, se não tiver morrido, terei de tomar morfina pois as dores aumentam cada dia que passa.
Devo morrer dentro de pouco tempo, pois já tenho metástase no mediastino que pelos gânglios linfáticos já devem ter transportado o sabor do sucesso para meu estômago, fígado e quem sabe daqui a pouco estará chegando no cérebro.
Venho de 28 dias internado no hospital onde fui considerado paciente G4, ou seja paciente terminal. Não consigo comer e até para engolir uma sopa ou uma gelatina é um esforço muito grande. Se pudéssemos desligar o botão e morrer seria ótimo, mas sofrer como estou sofrendo que é o pior!
Estimo que meu depoimento sirva para esses jovens iniciantes no fumo, às mulheres grávidas que colocam no mundo filhos imperfeitos e aos renitentes fumantes que se acham no direito de passar para os não fumantes o seu câncer incubado.
Fonte : Por um mundo sem Tabaco - INCA
O fumante social é definido como aquele que não costuma fumar sozinho
O "fumante social", que só fuma eventualmente, em programas com amigos, acredita que não corre os riscos de um fumante contumaz. Isso, além de não ser verdade, está criando um novo problema: o crescimento do número de pessoas que fumam, mesmo que seja uma quantidade menor de cigarros.
Um estudo que será publicado na próxima edição do American Journal of Preventive Medicine mostrou que a porcentagem de fumantes ocasionais aumentou de 26% em 1992 para 30% em 2005. Segundo a autora do estudo, Rebecca Shane, da Universidade da Califórnia, a indústria do cigarro quer exatamente isso e cria estratégias para atingir esse grupo.
No Brasil, embora não haja pesquisa específica, o aumento do fumante ocasional também é observado, segundo Paula Johns, diretora da ACT (Aliança de Controle do Tabagismo). "E há de fato o marketing da indústria de tabaco voltado para essas pessoas. É uma propaganda muito sutil, é claro, mas existe", diz Johns.
MESMO TIPO DE RISCOS
O fumante social é definido como aquele que não costuma fumar sozinho, que restringe o uso do cigarro às situações sociais, como festas, bares e baladas, e que jura que não é um fumante.
"O problema é achar que fumar de vez em quando não faz mal. Faz. Embora haja diferença entre fumar um maço por dia ou um maço por semana, os estudos epidemiológicos mostram que não há nível seguro de consumo para o cigarro. O fumante eventual corre os mesmos riscos de quem fuma frequentemente, talvez em proporção menor", afirma Johns.
Segundo Rebecca Shane, a indústria de cigarro contratou antropólogos e psicólogos para criar campanhas publicitárias destinadas a tornar o cigarro atraente mesmo para pessoas não propensas à dependência de nicotina. A estratégia foi mostrar o cigarro como um componente necessário de qualquer ocasião social.
Shane e o grupo responsável pelo estudo obtiveram essas informações ao pesquisarem documentos da própria indústria de tabaco, que foram levantados durante um processo público contra os fabricantes de cigarro nos Estados Unidos.
MEDIDAS ANTI-FUMO
Como o fumante social não se considera viciado nem correndo os riscos associados ao fumo, as campanhas tradicionais mostrando os malefícios do cigarro não o atingem. Por isso, é mais difícil diminuir o consumo de tabaco nessa população.
Para Clarissa Menezes Homsi, coordenadora da área jurídica da ACT, medidas como a lei sobre ambientes livre de fumo, que começa a vigorar no Estado de São Paulo no próximo dia 7 de agosto, são uma estratégia para evitar o aumento dos fumantes ocasionais e inibir a iniciação ao fumo.
"Para essas pessoas, a pressão do grupo influi muito. Se elas estão em um ambiente social onde o cigarro não é permitido, não há estímulo para fumar", diz Homsi.
Coração Saudável
Fonte: 45 graus.com.br
07/08/09 - 00h10 - Atualizado em 07/08/09 - 06h01
Veja como é a lei antifumo em outros países
Na Califórnia é proibido fumar até em algumas praias e parques.
No Japão, fumante pode ser multado em R$ 50,00.
Do G1, com informações do Jornal da Globo
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Foi nos Estados Unidos que as restrições ao cigarro começaram a ganhar força. Em 1994, a Califórnia proibiu o fumo em locais de trabalho. Em 1996, a proibição chegou aos bares e restaurantes, e a até seis metros de distância destes lugares.
Veja o site do Jornal da Globo
E na Califórnia é proibido fumar até em algumas praias e parques.
Cada estado tem sua própria lei anti fumo. Em Nova York, desde 2003 a lei determina que os bares e restaurantes reservem no máximo 25% das áreas externas aos fumantes.
Mas em muitos lugares o tabaco não é permitido nem nas varandas abertas.
Grã-Bretanha
Na Grã-Bretanha, desde o começo de 2007, o fumo é totalmente proibido em locais fechados, não importa se o estabelecimento é público ou privado. Não dá para fumar e ponto final. A lei vale inclusive para os tradicionais pubs. No inverno ou no verão, o jeito é fumar do lado de fora.
A República da Irlanda adotou uma lei parecida.
Israel
Em Israel, desde 2007, bares, cafés, restaurantes e shoppings são considerados locais livres de fumo por lei, com a aplicação de multas pesadas para quem desobedecer.
Mas na Cisjordânia é um pouco diferente, principalmente nas grandes cidades como em Ramallah ou em Belém, onde o fumo é totalmente liberado mesmo em recintos fechados como um restaurante, onde as pessoas podem ficar à vontade para fumar cigarro ou narguilé.
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Saiba como serão aplicadas as multas da lei antifumo em SP Multa inicial por descumprimento da lei antifumo chegará a R$ 1.585 Serra afirma que terá respaldo da Justiça e que lei antifumo 'vai pegar' Confira o que vai mudar com a lei antifumo em São Paulo
Japão multa fumante
Os japoneses fumam muito, principalmente os homens. O governo demorou, mas quando decidiu agir foi rigoroso. Com exceção dos bares e restaurantes, onde a lei é mais flexível, é proibido fumar em lugares fechados, em algumas cidades, inclusive na rua.
Num fumódromo a céu aberto, se alguém acender um cigarro fora do perímetro permitido pode ser multado: o equivalente a R$ 50,00, cada vez que desrespeitar a lei.
Lei não pegou em Buenos Aires
O argentino é chegado a um cigarro. Um em cada três fuma. Não existe uma lei nacional para proibir o cigarro em lugares públicos, nem a propaganda. Algumas províncias e cidades criaram suas próprias leis, que deram certo.
Em Buenos Aires, a lei antifumo entrou em vigor há dois meses e não pegou. Inicialmente pretendia proibir o cigarro em prédios públicos e pequenos restaurantes. Mas como a legislação ainda precisa ser regulamentada para prever multas, ninguém respeita.
Ricardo Roslindo
Enfermeiro
13/07/09 - 12h31 - Atualizado em 13/07/09 - 12h31
Uso precoce de adesivo de nicotina aumenta chances de evitar fumo
Administrar produto antes do início 'oficial' do tratamento tem efeito.
Quem seguiu estratégia teve duas vezes mais probabilidade de parar.
Luis Fernando Correia
Especial para o G1
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Usar adesivos de nicotina nas semanas anteriores ao início do tratamento aumentam as chances de sucesso para quem quer parar de fumar. A bula do adesivos de nicotina prevê a sua utilização como método auxiliar para cessação do tabagismo. Essa indicação é baseada nos resultados observados em estudos clínicos. Um trabalho realizado por especialistas da Duke University e publicado na revista "Nicotine and Tobacco Research" pode mudar essa recomendação.
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Os especialistas avaliaram mais de 400 candidatos a parar de fumar. A hipótese do uso precoce do adesivo foi testada na metade deles, o grupo precoce. A outra metade somente começou o uso na data prevista para todos pararem de fumar. Os fumantes puderam ainda escolher se continuam com seus cigarros habituais ou os trocavam por marcas de baixos teores nessas duas semanas anteriores ao início do tratamento tradicional.
Na data prevista, todos pararam de fumar e passaram a receber adesivos de nicotina. O protocolo de retirada da nicotina seguido durante a pesquisa foi o habitual. Seis semanas com adesivos de 21 miligramas de nicotina, seguidos 2 semanas de 14 miligramas e mais 2 de 7 miligramas diários.
O número de participantes que conseguiu se manter livre do cigarro depois de 10 semanas foi duas vezes maior no grupo que usou os adesivos antes do que é recomendado. O tipo de cigarro escolhido pelos participantes no período antes de largar o vício não foi importante para o sucesso ou não de quem tentou se livrar deles. Um aspecto interessante observado pelos médicos foi o de que as pessoas que tinham menor nível de dependência de nicotina segundo um teste padrão foram as que obtiveram maior sucesso. Quase três vezes mais pessoas conseguiram manter a abstinência após as 10 semanas.
Essa pesquisa deverá servir para iniciar a revisão do protocolo de utilização dos adesivos de nicotina. Até lá devem ser seguidas as orientações dos médicos quanto ao seu uso.
Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.
Ricardo Roslindo
Enfermeiro
07/08/09 - 07h24 - Atualizado em 07/08/09 - 09h38
Vigilância autua três estabelecimentos em SP por desrespeito à lei antifumo
Técnicos visitaram 417 locais em todo o estado até as 7h desta sexta-feira.
No interior e na Grande SP, clientes desrespeitaram a lei e fumaram.
Do G1, com informações do Bom Dia São Paulo
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Técnicos da Vigilância Sanitária visitaram 417 bares, restaurantes e casas noturnas para fazer cumprir a lei antifumo, que entrou em vigor à zero hora desta sexta-feira (7) em todo o estado de São Paulo. O balanço, que diz respeito às visitas realizadas até as 7h, aponta ainda que 90 proprietários foram orientados por não terem avisos a respeito da lei afixados nas paredes e apenas três estabelecimentos foram autuados.
Veja o site do Bom Dia São Paulo
Os técnicos da Vigilância Sanitária entraram em cena na madrugada uniformizados e preparados para fazer cumprir a lei. De bar em bar, os agentes tentaram seguir o rastro de fumaça.
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Ruas vazias marcam o primeiro dia da lei antifumo na Vila Olímpia, em São Paulo Veja como é a lei antifumo em outros países Lei antifumo entra em vigor nesta sexta-feira em São Paulo
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Os 500 agentes que foram treinados pela Secretaria Estadual da Saúde saíram a campo, em todo o estado. Só na capital, são 250 fiscais. Eles vão trabalhar em duplas e a fiscalização será feita 24 horas por dia.
Em um bar em São Paulo, os garçons ganharam um novo uniforme, estampado com o símbolo de proibido fumar, e dispensaram algo que era muito pedido: o isqueiro. "Vai ter cliente, logicamente, que vai ficar nervoso. Meu isqueiro já sumiu, não tenho mais", disse o garçom Raul Vieira.
Para o ambulante José Luiz Souza Neto, a lei prejudicou seus negócios. Faz oito anos que ele trabalha como ambulante, vendendo isqueiros. “Estou muito preocupado, porque vai cair bastante, já estou sentindo até um pouco o impacto."
Mas nem todos respeitaram a lei. Em um bar em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, um cliente ignorou o aviso de proibição. Quando os fiscais chegaram, o garçom o avisou e, disfarçadamente, o cigarro foi jogado no chão.
Outro cliente, porém, não quis conversa, resistiu e até discutiu com o dono do bar. Teve cliente que também fez vista grossa para a nova lei em Campinas, a 93 km da capital paulista. Alguns clientes foram convidados a se retirar.
Os 400 cinzeiros de um bar em Sorocaba, a 99 km de São Paulo, perderam a utilidade. E o dono distribuiu todos eles para os clientes.
Leia mais notícias de São Paulo
Ricardo Roslindo
Enfermeiro
Lei antifumo: SP espera economizar R$ 90 mi com internações06 de agosto de 2009 • 14h06 • atualizado às 14h22NotíciasInfográficoimprimirreduzir tamanho da fonte tamanho de fonte normal aumentar tamanho da fonte
Hermano Freitas
Direto de São Paulo
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata, afirmou no início da tarde desta quinta-feira, no centro da capital paulista, que o governo espera, com a lei antifumo, economizar R$ 90 milhões ao ano evitando a internação de fumantes passivos. Vestido com um colete igual ao dos fiscais durante a última blitz educativa, em um tradicional restaurante da rua Avanhandava, Barradas informou que logo a partir da 0h desta sexta-feira, 500 fiscais percorrerão estabelecimentos de todas as regiões de São Paulo.
Ainda de acordo com o secretário, o custo da fiscalização ao governo do Estado será de R$ 4 milhões mensais ou R$ 48 milhões por ano, o que representa uma economia de R$ 42 milhões considerada a despesa hospitalar evitada. O secretário acredita, no entanto, que restaurantes e fregueses já estão adaptados à nova legislação. "Nossa última pesquisa aponta que 84% dos estabelecimentos já se adaptaram e que a lei é apoiada por mais de 90% da população", disse Barradas.
O secretário comparou a nova lei com a experiência da proibição do fumo em aviões e do uso obrigatório de cinto de segurança em carros para reiterar sua confiança na eficácia das novas normas.
Polêmica
A lei ainda divide funcionários e clientes de restaurantes. O pianista Juarez Quintana, 51 anos, acredita que após uma primeira reação negativa, a frequência em restaurantes voltará ao normal. "Eu que não sou fumante acho ótimo a proibição", disse. A opinião é compartilhada pelo garçom Ivan Carlos Vasconcelos, 44 anos, funcionário do mesma casa. Ele afirma não temer a perda de gorjetas por pedir ao cliente para apagar o cigarro. "Os fregueses têm entendido nesse um mês que a lei é aplicada", disse. Quintana e Vasconcelos trabalham em uma cantina da rua Avanhandava que aplica o princípio da lei há um mês.
O eletricitário Carlos Reis, 46 anos, apoia a lei antifumo em restaurantes, mas acredita ser um exagero a extinção dos fumódromos, especialmente em empresas, mas garante que continuará comendo fora. "Continuarei frequentando os restaurantes", disse.
O secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, afirmou que fumódromos se mostraram ineficazes em outros países onde foram aplicados, como a França. "É lamentável. Para limpar o funcionário precisa esperar até três horas após o último fumante ter saído, para não se contaminar".
Redação Terra
Ricardo Roslindo
Enfermeiro
Liminares sobre lei antifumo beneficiam 2 tabacarias05 de agosto de 2009 • 16h43 • atualizado às 16h51Notíciasimprimirreduzir tamanho da fonte tamanho de fonte normal aumentar tamanho da fonte
Duas decisões liminares da Justiça de São Paulo isentam de eventuais multas pela lei antifumo duas tabacarias da cidade: o Esch Café, nos Jardins, e a Tabacaria AN, no Shopping Center Norte. Pelas decisões, os estabelecimentos não poderão ser penalizados por servir comidas e bebidas no mesmo ambiente em que se consome tabaco.
Sancionada em maio pelo governador José Serra (PSDB), a lei, que entra em vigor no dia 7 de agosto, proíbe o uso de cigarros e demais produtos derivados do tabaco nos ambientes fechados de uso coletivo. O documento determina o fim dos fumódromos e prevê multa e até suspensão das atividades, no caso de reincidência, para o proprietário do estabelecimento onde a lei não for respeitada.
Segundo a advogada que obteve as decisões, Maria Clara Villasbôas Arruda, a 14ª Vara de Fazenda Pública entendeu que as comidas e bebidas servidas nas tabacarias são um complemento ao consumo dos charutos. "A tabacaria tem por princípio a comercialização do charuto, mas é fundamental o complemento de um uísque, por exemplo", disse.
O artigo 6° da legislação coloca as tabacarias como exceções à lei, desde que comercializem apenas produtos fumígenos. Exige-se que as lojas coloquem avisos na porta de entrada quanto ao consumo do fumo. Com a decisão, os dois estabelecimentos podem seguir oferecendo "complementos" ao consumo do tabaco.
Para a advogada, o que diferencia as tabacarias dos restaurantes que oferecem charutos aos clientes é a filiação a uma tradicional grife cubana. "Quem não tem este selo está apenas brincando de ser tabacaria", afirmou.
Redação Terra
Ricardo Roslindo
Enfermeiro
Comentar Descumprimento inicial da lei antifumo pode custar R$ 1.58517 de julho de 2009 • 08h57 • atualizado às 09h56Notíciasimprimirreduzir tamanho da fonte tamanho de fonte normal aumentar tamanho da fonte
Resolução publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial do Estado de São Paulo determina que a multa inicial pelo descumprimento da lei antifumo deve ficar entre R$ 792,50 e R$ 1.585. Em caso de reincidência, a multa será cobrada em dobro e, se houver uma terceira autuação, o estabelecimento multado pode ser interditado por até 30 dias.
A lei antifumo (Lei nº 13.541), de 7 de maio de 2009, proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, no território do Estado em ambientes de uso coletivo. A legislação passará a vigorar a partir de 7 de agosto deste ano.
A resolução publicada nesta sexta-feira ainda esclarece que a proibição do fumo se estende a lugares fechados "em qualquer dos seus lados por parede, divisória, teto ou telhado, ainda que provisórios, onde haja permanência ou circulação de pessoas".
Os donos dos estabelecimentos deverão fixar um cartaz que indica a proibição no local. O aviso deve seguir o modelo publicado em anexo à resolução, nas dimensões de 25 cm de largura por 20 cm de comprimento, observados os tamanhos de fonte, cores e proporções.
De acordo com a resolução, as multas serão aplicadas pelo Procon-SP e pelo Centro de Vigilância Sanitária. As penalidades devem respeitar como base inicial o valor de 50 UFESPs e não devem ser superiores a 100 UFESPs. A UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) tem valor referente a R$ 15,85.
Redação Terra
Ricardo Roslindo
Enfermeiro
Fabiano Rampazzo
Direto de São Paulo
No primeiro dia de fiscalização da lei antifumo em São Paulo - que proíbe o fumo nos ambientes fechados de uso coletivo -, o antigo cenário com fumantes e não fumantes juntos voltou a se repetir dentro de um bar completamente fechado, cerca de duas horas e quarenta minutos depois do fim das blitze da Vigilância Sanitária - que ocorreram em todo o Estado entre a 0h e as 3h. O bar O Pescador, na rua Augusta, número 946, ainda estava lotado às 5h40 desta sexta-feira. No local, moças e rapazes se divertiam jogando sinuca, bebendo cerveja e... fumando.
"Eu tô sozinho aqui pra cuidar desse bando de gente, não tem como eu ver todo mundo, é impossível", justificou Gilvan dos Santos, 18 anos, único funcionário presente no bar. Sozinho, Gilvan era responsável pelo atendimento de mais de 40 pessoas, isso para citar apenas as que estavam dentro do bar.
"Ih, não pode fumar, né?", lembrou uma menina assim que acendeu o cigarro, encostada em uma das paredes do bar. "Ah, pára, não dá nada, fuma aí!", respondeu um de seus amigos. Fumaram. Curioso é que muitos cartazes com o aviso da Lei Antifumo estavam espalhados pelas paredes do O Pescador. Aos poucos, outras pessoas de outras mesas também começaram a acender cigarros lá dentro.
Gilvan bem que tentou, pediu para uma moça ir fumar lá fora, ela se desculpou e obedeceu. Dez minutos depois, a mesma moça e seu o cigarro aceso estavam de volta. "Não tem como eu atender esse povo todo e ainda ficar controlando", disse Gilvan.
www.terra.com.br
Ricardo Roslindo
Enfermeiro
Tenho discutido o assunto da nova lei em grupos de discussão com alguns amigos e percebo que ainda há muito o que avançar em relação à conscientização da população em geral sobre os riscos do tabagismo. A maioria das pessoas encara a nova lei como um ato de censura, um ato de discriminação e criminalização ao fumante. E, o que é mais grave, a crença geral é de que há um exagero quando se diz que "a fumaça do cigarro faz mal para os outros". Ou seja, as pessoas não acreditam que o tabagista passivo tem maiores chances de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco.
18/08/2009 - 15h17
"Lei antifumo vai incentivar pessoas a largar o vício", diz especialista
GABRIELA ALBUQUERQUE
Colaração para a Livraria da Folha
De acordo com dados recentes divulgados pela Organização Mundial de Saúde, o fumo integra a lista das principais causas de morte evitável no mundo. E, embora os males causados pela inalação da fumaça de cigarro sejam amplamente divulgados, um terço da população mundial adulta --cerca de 1,3 bilhão de pessoas-- é fumante.
Considerado um dos maiores especialistas em antitabagismo da atualidade, o psicólogo britânico Martin Raw é um dos profissionais engajados na luta para que esse número diminua no decorrer dos anos. Desde o início da década de 70, ele tem ajudado fumantes a abandonar o cigarro e a experiência que conquistou com o trabalho de 35 anos na área está registrada no livro "Parar de Fumar É Possível" (Publifolha, 2009).
Na obra, o autor oferece um programa de quatro etapas para quem deseja parar de fumar, além de sugestões de tratamentos com medicamentos apropriados e diversos alertas sobre os prejuízos à saúde que podem ser causados pelas substâncias presentes no cigarro. Um fumante, por exemplo, tem 25 vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão do que quem não fuma.
Fotomontagem Folha Online
Psicólogo britânico defenda a lei que proíbe o fumo em locais fechados em São Paulo.
Etapa 1 - Quando se pensa em largar o cigarro
Etapa 2 - Como se preparar para deixar de fumar
Etapa 3 - Parar de fumar
Etapa 4 - Como se manter sem fumar
Segundo Raw, o livro não traz uma fórmula mágica, mas um instrumento que vai ajudar o fumante a planejar o caminho para a superação da dependência. "É possível parar e é válido tentar. A principal mensagem que tento passar ao leitores é que se eles querem deixar o vício, precisam tentar, pois vão conseguir", disse em entrevista à Livraria da Folha.
Medicamentos
A combinação entre dependência química e psicológica faz com que o número de pessoas que conseguem parar de fumar sem nenhuma ajuda seja muito baixo. "Se pegarmos uma amostra de 100 fumantes e voltarmos a ela depois de um ano, apenas 5% terão parado de fumar sem nenhuma ajuda. O motivo? A nicotina é uma droga que vicia muito, é muito forte", diz Raw.
Para ajudar essas pessoas a superar o vício, no Brasil há três tipos de medicamentos disponíveis que podem ser receitados pelos médicos: a terapia de reposição de nicotina ou TRN (chiclete, os adesivos e as pastilhas); um antidepressivo, liberado no país em 2007 e ainda pouco receitado por causar efeitos colaterais.
"O tratamento pelo menos dobra a chance de sucesso na tantativa de largar o vício. Ela evita as sensações ruins causadas pela abstinência da nicotina", explica o psicólogo.
Lei Antifumo em São Paulo
Raw se diz satisfeito com o estabelecimento da lei que proíbe o fumo em ambientes fechados, em vigor desde a meia-noite do dia 7 de agosto, e critica o uso do termo "liberdade" quando se discute a proibição.
"Não é uma questão de liberdade, é uma questão de saúde", argumenta. "Se aproximadamente 80% do povo brasileiro não fuma, a iniciativa protege essa maioria, o que é um ponto muito importante". No Brasil, pesquisa realizada recentemente pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indica que 18,8% da população brasileira é fumante (22,7% dos homens e 16% das mulheres).
Segundo o especialista, além de proteger essa maioria --uma vez que o ar poluído contém o triplo de impurezas e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que passa pelo filtro do cigarro-- a lei pode ter resultados ainda mais abrangentes e incentivar o abandono do vício.
Para esclarecer dúvidas sobre o tema, a Livraria da Folha selecionou as cinco melhores perguntas enviadas por leitores para serem respondidas pelo especialista Martin Raw. Veja as respostas do especialista, com o nome dos participantes que foram premiados com um exemplar do livro "Parar de Fumar É Possível"
Folha online
Ricardo Roslindo
Enfermeiro
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