quinta-feira, 11 de setembro de 2008

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Pesquisa calcula impacto do cigarro na qualidade de vida

Uma pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), avaliou em que medida o tabaco é causa importante de perda de qualidade de vida na população. O estudo constatou que 7% da carga de doença é atribuível ao hábito de fumar.

O estudo, publicado na revista Clinics, aplicou o Daly (Disability-Adjusted Life Years), um indicador que mede simultaneamente a mortalidade e a morbidade, avaliando os anos de vida perdidos por mortes prematuras com ajuste de incapacidade. Entre a população com mais de 30 anos, a proporção de Daly atribuível ao tabaco ultrapassa 13% em homens e 7% em mulheres.

De acordo com Andreia Ferreira Oliveira, uma das autoras do artigo, o trabalho teve o objetivo de estimar a carga de doença atribuível ao tabagismo no Rio de Janeiro, no ano 2000. A partir de estimativas de prevalências de fumantes e riscos relativos de morte, foi calculada a fração respondida pelo tabaco por causa, idade e sexo.

“O conhecimento da carga global de doença atribuível ao tabagismo é importante para que as iniciativas dirigidas ao controle do tabaco se multipliquem e se consolidem, de modo que venham a se transformar em políticas públicas articuladas e permanentes de promoção da saúde”, disse à Agência FAPESP.

Segundo a pesquisadora, as informações sobre mortalidade são insuficientes para dar um panorama da qualidade de vida. Para superar essa limitação, o indicador Daly envolve também dados sobre a morbidade. Ele permite ainda avaliar a gravidade de doenças que são altamente incapacitantes, mas nem sempre letais.

“A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a doença isquêmica do coração, a doença cerebrovascular e o câncer de traquéia, brônquios e pulmões foram responsáveis por, respectivamente, 32,2%, 15,7%, 13,2% e 11,1% do total estimado de Daly, totalizando 72,2% da carga de doença atribuível ao fumo”, afirmou.

Os resultados indicaram que as doenças relacionadas aos cânceres e às doenças respiratórias crônicas apresentam alta prevalência e riscos de morte. “Concluímos que é imprescindível que medidas de prevenção e controle do hábito tabágico sejam efetivamente implementadas”, disse a pesquisadora, que trabalha na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

Entre as principais patologias associadas à diminuição da qualidade de vida, as doenças cardiovasculares foram as mais significativas, com destaque para a doença isquêmica do coração (20,4%), na população acima de 30 anos. Mas, de acordo com o estudo, essa proporção não aumenta de acordo com a idade.

“Evidenciamos que a obstrução aérea crônica e as doenças isquêmica do coração e cerebrovasculares foram responsáveis por 61% do total de Daly na população de 30 anos e mais”, afirmou Andreia.


Estratégias preventivas

O estudo constatou que os homens apresentam cargas atribuíveis maiores em relação às mulheres. O maior número se explica, segundo a pesquisadora da Fiocruz, não só pela prevalência maior do fumo, mas também “porque essas doenças acometem mais o homem”.

A pesquisa estabelece também comparações entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. “Assim como no Brasil, o tabaco é causa importante de anos de vida perdidos prematuramente ou por incapacidades nos países desenvolvidos. Mas aqui a carga atribuível ao tabaco é maior se comparada aos países mais ricos”, apontou.

“O hábito tabágico se inicia ainda na adolescência. Por conta disso, estratégias preventivas maciças devem ser veiculadas pela mídia, por exemplo, para evitar que milhões de jovens iniciem esse hábito ainda precocemente e, com isso, venham a se tornar dependentes dessa droga”, disse Andreia.

Apesar de ter focado o Rio de Janeiro, o trabalho aponta que o padrão de morbidade observado no estado é semelhante ao da região Sudeste e que essa relação não se modificou entre 1998 e 2000.

O estudo apresenta algumas limitações, segundo a autora. “A mais importante se refere à utilização de prevalências de exposição atuais, não levando em consideração o período de latência entre a exposição ao tabaco e o aparecimento das doenças. Não foi uma decisão inédita, pois tem sido apontada, consistentemente, por outros autores”, disse Andreia, que assina o artigo com Joaquim Gonçalves Valente e Iuri Costa Leite, também da ENSP.

De acordo com Andreia, o estudo pode prosseguir tentando estimar a prevalência do fumo no interior por meio de indicadores socioeconômicos. “Assim, teríamos uma estimativa mais próxima da realidade desses locais e com estratégias preventivas bem localizadas”, destacou.

Para ler o artigo The disease burden attributable to smoking in the state of Rio de Janeiro, Brazil in 2000, de Andreia Ferreira Oliveira e outros, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP),

Ricardo Roslindo
Enfermeiro
Enfermeiro

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29 de Agosto de 2007 - 15h58 - Última modificação em 29 de Agosto de 2007 - 15h58


Pesquisa revela aumento do consumo de cigarros entre adolescentes do sexo feminino

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil







Manaus - Mais de 500 estudantes do ensino fundamental e médio do Amazonas participaram hoje da Corrida Pelo Fim do Tabagismo, organizada pela Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon) para chamar a atenção de todos para os danos causados pelo cigarro à saúde. A corrida marcou a passagem do Dia Nacional de Combate ao Fumo.

A FCecon teve como parceiras na iniciativa a Liga Amazonense contra o Câncer e as Secretarias estaduais de Educação e de Esporte, Juventude e Lazer. O objetivo das instituições, ao levar o assunto à discussão com os jovens, foi tentar impedir o contato com o cigarro. Isso porque, de acordo com especialistas, 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos.

Estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) revelou diminuição no número de fumantes brasileiros maiores de 18 anos, que passaram de 34,8% para 22,4%. O percentual indica queda anual de 2,5% no número de fumantes. A pesquisa constatou também redução na média de cigarros consumidos por dia, que passou de 13,3% para 11,6%.

Em Manaus, pesquisa feita no ano passado pela FCecon apontou prevalência do tabagismo em estudantes do ensino fundamental e médio na cidade. Os estudos mostraram que o fator preponderante para que o jovem se torne fumante é a experimentação. Em Manaus, tanto a prevalência de experimentação (40,12%) quanto a de tabagismo atual (13,92%) observada entre os estudantes foi elevada. Um dado preocupante revelado pela pesquisa é o aumento do consumo entre adolescentes do sexo feminino no Amazonas.

Segundo o cardiologista e coordenador do Programa de Combate ao Tabagismo da FCecon, Aristóteles de Alencar, que participou da pesquisa, o Amazonas segue uma tendência nacional: "O que mais preocupa agora é o aumento do consumo entre adolescentes do sexo feminino, embora não se saiba ainda quais as causas disso. De modo geral, em nível nacional, observa-se uma estabilização do consumo do cigarro. Nosso objetivo é fazer com que os adolescentes nuncam experimentem o cigarro, porque 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos", disse ele.

Apesar de ter aumentado o número de fumantes do sexo feminino, a pesquisa da FCecon verificou que, na análise por sexo, em média, as meninas fumam menos que os meninos, havendo 31% que fumam em média um cigarro por dia. Os meninos, por outro lado, somam 26,27%, que fumam de dois a cinco cigarros por dia.

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, instituído por lei federal em junho de 1986, estabelece ações em âmbito nacional para alertar a população sobre os males causados à saúde pelo fumo. Em todo o mundo, os problemas gerados pela dependência química do cigarro intensificaram a luta contra o tabagismo. O hábito de fumar também é motivo para o aparecimento do câncer, principalmente os de pulmão, laringe, boca, esôfago e estômago.

Alencar considera positivas as ações do Dia Nacional de Combate ao Fumo e destaca a maior conscientização da população brasileira sobre os males causados por essa prática. "O mais importante de tudo é que, hoje, a população como um todo já tem consciência de que o cigarro faz mal e já demonstra um comportamento que faz com que o cigarro seja um hábito socialmente não aceito", concluiu.


Ricardo Roslindo
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: 29 DE AGOSTO DIA NACIONAL DE COMBATE AO FUMO

Secretária de Estado da Saúde reforça a necessidade de cumprimento da legislação que proíbe o fumo em ambientes coletivos fechados
Com embasamento na lei federal nº 9294/96, que proíbe o fumo em ambientes coletivos fechados, e na lei estadual nº 7592/89 (regulamentada pelo decreto 6556/91), que proíbe o fumo em hospitais, maternidades, clínicas, consultórios médicos, odontológicos e laboratórios em Santa Catarina , a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, está reforçando, em todas as unidades da SES, a necessidade do cumprimento rigoroso da legislação que norteia o consumo de cigarros. Tomando como gancho o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta sexta-feira, 29 de agosto, a Secretária também orienta sobre a importância da distribuição de cartazes e material informativo (folders, flyers e e-mail/marketing) como forma de informar a população sobre os malefícios da exposição à fumaça ambiental do tabaco e, assim, coibir o fumo e a circulação da fumaça nos ambientes destinados à promoção da saúde pública. O tema da campanha deste ano é “Ambientes 100% livres de fumo: um direito de todos”. Neste sentido, a direção de cada unidade, por determinação da Secretária, deverá encontrar formas de divulgar que é PROIBIDO o consumo de cigarros nas dependências de todos os hospitais da SES, no prédio central da SES (rua Esteves Júnior, 160 – Florianópolis), nos prédios das vigilâncias (epidemiológica e sanitária), LACEN, EFOS e demais unidades tanto na Capital quanto no interior do Estado (exceto em ambientes abertos, conforme permite a legislação). Uma recente pesquisa, solicitada pela organização não-governamental Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) ao Instituto Datafolha, analisou dados coletados em 120 municípios de todas as regiões do Brasil. Dos resultados obtidos com os 1.992 entrevistados, constatou-se que 88% das pessoas se consideram contrárias ao fumo em locais fechados. Desse total, 77% eram não-fumantes e 23% fumantes. O tabaco causa pelo menos 200 mil mortes por ano. Isso inclui 14% de todas as mortes relacionadas ao trabalho causadas por doença e 2,8% de todos os cânceres de pulmão.

A solicitação de material em torno do Dia Nacional de Combate ao Fumo pode ser feita à Coordenadora Estadual do Programa de Controle do Ta bagismo, Ana Curi Hallal, na DIVE SES SC, fone: (48) 3221-8482 ou pelo e-mail anacuri@saude.sc.gov.br


Ambientes livres de fumo
Dados do INCA
Planilha de avaliação
Sugestões de Ação
Saiba mais!


Ricardo Roslindo
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27/05/2008 - Dia Mundial sem Tabaco 2008 - Imagens de advertência mais fortes marcam início das comemorações
Em evento que abriu as comemorações do Dia Mundial do Tabaco, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer, Luiz Antonio Santini, apresentaram nesta terça-feira, 27/5, em Brasília, as novas imagens e frases de advertência sanitária para as embalagens dos produtos derivados do tabaco. As imagens têm o objetivo de provocar repulsa pela utilização desses produtos. O Ministério da Saúde lançou também a campanha publicitária "Fique Esperto, fumar é cair na deles", que tem o objetivo de alertar o jovem para as estratégias que a indústria de tabaco utiliza para atrair novos clientes.

O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária Dirceu Ramos, o diretor da Iniciativa Livre de Tabaco (TFI) da Organização Mundial da Saúde (OMS), Douglas Betcher e o diretor da Organização Panamericana da Saúde (OPAS), Diego Victoria, também estiveram presentes à solenidade.

É a primeira vez que os elementos gráficos de informação sanitária foram produzidos a partir de um estudo científico que mediu o grau de aversão de cada um. O estudo para produzir as imagens foi desenvolvido, de 2006 a 2008, por cinco instituições brasileiras, além do INCA. A pesquisa mediu a reação emocional de 212 jovens entre 18 e 24 anos, fumantes e não fumantes, de três faixas de escolaridade (ensino fundamental, médio e superior), divididos igualmente em homens e mulheres: “É uma das ações mais significativas que já existiram dentro da estratégia de controle do tabagismo”, elogiou o ministro.

Apesar de utilizarem modelos, todas as situações apresentadas pelas imagens são reais. “O objetivo é mostrar o mal que o cigarro causa e promover aversão e conseqüentemente afastamento do produto”, explicou Santini, que chamou a atenção para o fato de o tabagismo ser uma doença pediátrica: “A experimentação é feita, em média, aos quinze anos de idade. Temos também que considerar as crianças e jovens que não fumam, mas estão expostos aos ambientes com fumaça tabagística”.

Outras medidas estão sendo implementadas, segundo o ministro da Saúde, além das imagens e da promoção de ambientes 100% livres de fumo, como os entendimentos com as áreas-afins para aumentar os impostos e preços do cigarro, e a substituição paulatina da agricultura do tabaco, sem prejudicar os agricultores. Temporão enfatizou a importância da participação de toda a sociedade: “os recursos do Ministério são bem
menores do que os da indústria do tabaco pode gastar para aparecer como socialmente responsável, por exemplo. É uma luta permanente”, concluiu.

Avaliação do Programa de Controle do Tabagismo
Avançar no estabelecimento de ambientes livres de tabaco e aumentar os impostos e preços dos produtos derivados do tabaco. Essas foram as
recomendações da Organização Mundial da Saúde no relatório produzido pela organização sobre o Programa Nacional de Controle do Tabagismo. O diretor da Iniciativa Livre do Tabaco, Douglas Betcher, destacou que o Brasil foi o primeiro a ser avaliado em reconhecimento ao seu programa.

Durante cerca de 20 dias, 27 avaliadores entrevistaram 200 pessoas ligadas ao programa brasileiro em quatro estados e 74 instituições. “O Brasil é um líder global no controle do tabagismo e possui vários sucessos nessa área, como o tratamento gratuito de fumantes pelo Sistema Único de Saúde, a construção de redes descentralizadas e o envolvimento da sociedade civil”, destacou Betcher. O relatório final será apresentado somente daqui a dez dias.

Saiba mais:
27/5 - Cartilha Brasil - Advertências Sanitárias nas Embalagens dos Produtos de Tabaco.pdf
27/05 - Dia Mundial sem Tabaco 2008 - Ministério da Saúde e INCA lançam novas imagens de advertência nos maços de cigarro
26/05 - Dia Mundial sem Tabaco - Juventude livre do cigarro



Divisão de Comunicação Social • tel: (21) 2506-6103 • imprensa@inca.gov.br

Ricardo Roslindo
Enfermeiro

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29 de Agosto de 2008
Inca avalia que cigarro mais caro diminui consumo, principalmente entre jovens
(Fonte: Agência Brasil)

Brasília - A estratégia de aumentar impostos e os preços dos produtos derivados do tabaco é capaz de reduzir o consumo de cigarro, principalmente entre os jovens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A chefe da divisão de controle de tabagismo do órgão, Tânia Cavalcante, destaca que a medida faz parte das recomendações do Banco Mundial e da Organização Mundial da Saúde (OMS) e pode ter eficácia, sobretudo, em um país que produz um dos cigarros mais baratos do mundo.

"Esse é um fator que facilita o acesso dos jovens, junto com a capilaridade dos ponto de venda. Sem dúvida, o Brasil precisa avançar, já que o aumento dos preços é uma medida parte de um tratado internacional, a Convenção Quadro para Controle do Tabaco", disse a especialista em entrevista concedida hoje (29), no Dia Nacional de Combate ao Fumo.

Dados do Inca indicam que o tabaco responde por 45% das mortes por infarto do miocárdio, por 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema), por 25% das mortes por doença cérebro-vascular (derrames) e por 30% das mortes por câncer.

O cigarro mata, anualmente, 5 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, são 200 mil mortes a cada ano. Se a atual tendência de consumo for mantida, em 2020 a média mundial subirá para 10 milhões de mortes por ano, das quais 70% ocorrerão em países em desenvolvimento. De acordo com o Inca, essa estimativa superaria a soma das mortes por alcoolismo, aids, acidentes de trânsito, homicídios e suicídios.

Tânia Cavalcante explica que, sob a ótica da saúde pública, a possibilidade de evitar que as pessoas comecem a fumar por meio do aumento do preço é uma manobra importante para evitar futuros "adoecimentos" e mortes de jovens que se tornarão dependentes caso experimentem o cigarro. A população brasileira que possui menor renda e menor escolaridade, segundo a especialista, é a que mais concentra, atualmente, a prevalência do tabagismo no país. "O bolso vai ser uma outra forma de estímulo."

A especialista rebate as críticas de que a medida, na prática, não seja eficaz na redução do consumo de tabaco porque os usuários buscariam outras alternativas para ter acesso ao cigarro. Ela admite, entretanto, que o mercado ilegal representa uma ameaça à estratégia e um "problema de saúde pública" por disponibilizar o produto ao consumidor com preços ainda mais reduzidos.

"No Brasil, a maior parte da população que fuma é a de baixa renda e isso é considerado pelo Banco Mundial e pela OMS um fator agravante da pobreza e que impede o desenvolvimento sustentável. Muitos chefes de famílias dependentes deixam de comprar alimentos e outros bens de consumo que vão propiciar um bem-estar para a sua família porque têm que comprar o cigarro, porque são dependentes de nicotina."

Ela explica que existe ainda um trabalho de informação e de ajuda ao dependente químico em processo de implantação no Sistema Único de Saúde (SUS) e reforça que, mesmo nos maços de cigarro, o número do Disque Saúde - Pare de Fumar pode ser encontrado. "O aumento dos preços não é algo isolado, é mais uma medida que vem apoiar o fumante para que ele deixe de fumar."

A especialista lembra que a Receita Federal tem papel central de propor mudanças tanto na alíquota quanto na forma de cálculos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para gerar reflexos nos preços do mercado de tabaco.

"Ela está analisando isso e esperamos que, em breve, tenha algum resultado nesse sentido. No ano passado, a Receita aumentou a alíquota do IPI e gerou um aumento de 30% dos cigarros brasileiros. Foi um grande avanço. Claro que ainda não é o que gostaríamos em termos de preço mas foi um grande passo no sentido de alinhar a política de preços e impostos sobre o setor fumo aos compromissos que o Brasil assumiu."

Quem deseja parar de fumar pode buscar orientações pelo Disque Saúde - Pare de Fumar, que atende pelo número 0800 611997. "É uma forma de estimular aquelas pessoas que estão pensando em para de fumar, mas ainda não tomaram a decisão, fundamental para o seu bem-estar e de todos os que as cercam", ressalta Tânia Cavalcante.

Ricardo Roslindo
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O Metrô de São Paulo começa nesta sexta-feira (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo, uma campanha para incentivar os usuários a pararem de fumar. Serão distribuídos 50 mil folhetos informativos em 13 estações.

A ação “Não Fume no Metrô” acontece até o dia 5 de setembro. Alertas sonoros também vão alertar os passageiros para não fumar no metrô. Nesta sexta, as atividades serão realizadas nas estações Vergueiro e Santo Amaro, entre 10h e 12h, e na Estação Sé, entre 14h e 16h.

O folheto que será distribuído contém informações sobre o que acontece com a pessoa quando ela para de fumar: os batimentos cardíacos e a pressão arterial se normalizam, diminuem os riscos de doenças cardíacas e o ar em torno do ex-fumante melhora.

Entre as dicas contidas no impresso, estão evitar situações que levem à vontade de fumar, beber água após as refeições, fazer exercícios e eliminar cinzeiros e isqueiros.



Projeto de lei

Nesta quinta-feira (28), o governador José Serra (PSDB) assinou um projeto de lei que fecha o cerco contra o fumo no estado e será encaminhado para a Assembléia Legislativa. Segundo ele, as multas previstas para os estabelecimentos que permitirem o fumo em ambientes coletivos, tanto públicos como privados, podem passar de R$ 3 milhões.



Segundo Serra, a punição prevista é apenas para os donos dos estabelecimentos. “Não estão previstas penas para os fumantes porque eles já têm a pena de fumar. Tem gente que é tão viciada, que é capaz de pagar a multa para fumar”, afirmou.



De acordo com o projeto de lei, os locais precisarão fixar avisos sobre a proibição com os telefones e endereços dos órgãos de vigilância sanitária e de defesa do consumidor. Os responsáveis pelos estabelecimentos terão de advertir os fumantes sobre a proibição. A idéia é que qualquer pessoa possa denunciar à Vigilância Sanitária ou ao Procon os locais onde a lei for desrespeitada.



Caso a pessoa insista em fumar nos ambientes proibidos, os donos podem pedir que ela saia do local, inclusive chamando a polícia, caso seja necessário. “Poderá se recorrer à polícia, por exemplo, se um fumante não quiser apagar o cigarro e tiver que ser retirado do estabelecimento”, afirmou Serra. E não serão permitidos os chamados "fumódromos" – locais reservados para os fumantes dentro das empresas. “Não tem fumódromo, fuma na rua, se quiser”, disse o governador.


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Ricardo Roslindo
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são paulo / FumoCELULAR RSS O Portal de Notícias da Globo

28/08/08 - 22h58 - Atualizado em 29/08/08 - 00h45

Federação reage contra projeto de lei que amplia restrição ao cigarro
Governador apresentou proposta que fecha cerco contra o fumo.
Serra informou que multas podem passar de R$ 3 milhões.

Do G1, em São Paulo
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A Federação dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (FHORESP) divulgou nota na noite desta quinta-feira (28) contra a determinação do governo José Serra (PSDB) de proibir o fumo em ambientes coletivos, tanto públicos como privados.

Na nota, a federação considera a notícia de uma futura proibição “grave” e informa que em nenhum momento foi chamada pelo governo para se manifestar sobre o assunto. Segundo a FHORESP, o “radicalismo da proibição é, de longe, a mais negativa e impactante medida econômica para o setor de hospitalidade” do estado.



“O nosso setor é totalmente favorável a proibição do fumo naqueles ambientes onde o cidadão não tem a possibilidade de escolha, tais como, hospitais, repartições públicas, farmácias, veículos de transporte etc, bem como, em ambientes sem ventilação como cinemas, teatros, museus, bibliotecas e outros. Contudo, em bares e restaurantes o cliente/cidadão pode escolher o estabelecimento que lhe convier, a região do estabelecimento e até a área reservada para fumantes ou não”, afirma.





Multa de R$ 3 milhões

O governador José Serra informou que as multas previstas para os estabelecimentos que permitirem o fumo em ambientes coletivos, tanto públicos como privados, podem passar de R$ 3 milhões. Serra assinou na tarde desta quinta um projeto de lei que fecha o cerco contra o fumo no estado e será encaminhado para a Assembléia Legislativa.





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SP quer ampliar restrição ao consumo de cigarro Saúde vai lançar nova campanha de combate ao cigarro em SP
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Pelo projeto, as sanções serão aplicadas por dois órgãos estaduais: o Procon e a Vigilância Sanitária. No caso do Procon, as multas vão de R$ 220 a R$ 3,2 milhões, além de existir a possibilidade de cassação da licença do estabelecimento. Já as da Vigilância Sanitária vão de R$ 148,80 a R$ 148 mil. As multas podem ser somadas, caso sejam aplicadas pelos dois órgãos.


Segundo Serra, a punição prevista é apenas para os donos dos estabelecimentos. “Não estão previstas penas para os fumantes porque eles já têm a pena de fumar. Tem gente que é tão viciada, que é capaz de pagar a multa para fumar”, afirmou o governador nesta tarde, durante um evento que marcou a assinatura do projeto que segue para a Assembléia Legislativa e o lançamento da campanha “Viva sem cigarro” no Instituto do Câncer, na Zona Oeste da capital paulista.


O projeto prevê a proibição do fumo em bares, restaurantes, boates, hotéis e até áreas comuns de condomínios em todo o estado. A proposta do governo estadual veta o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou qualquer outro produto fumígeno em ambientes de trabalho, de estudo, de culto religioso, de lazer, de esporte e entretenimento, em casas de espetáculos, teatros, cinemas, pousadas, centros comerciais, bancos, supermercados, açougues, padarias, farmácias, drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos de transporte coletivo, viaturas oficiais e táxis.



Ricardo Roslindo
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Este trabalho é muito bom para ler..

Variáveis relacionadas à iniciação do tabagismo entre estudantes do ensino médio de escola pública e particular na cidade de Belém - PA
Variables related to smoking initiation among students in public and private high schools in the city of Belém, Brazil
Autor(es): Denise da Silva Pinto, Sandra Aparecida Ribeiro
Resumo:
Objetivo: Analisar as variáveis relacionadas à iniciação do tabagismo entre adolescentes estudantes de nível médio de uma escola particular e outra pública, na cidade de Belém-PA, em 2005. Métodos: Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário não identificado, de autopreenchimento, com 27 questões fechadas, sobre experimentação de cigarro, fumo habitual, acesso à compra de cigarros, motivo para a experimentação do fumo, autopercepção sobre o seu rendimento escolar, diálogo sobre tabagismo no ambiente familiar e nível sócioeconômico. Participaram do estudo 1520 estudantes, sendo 724 (47,6%) da rede particular e 796 (52,4%) da rede pública. Resultados: A média de idade dos estudantes foi de 16,5 anos. Dos 1520 estudantes, 669 (44%) referiram ter experimentado cigarro e 11% faziam uso habitual de cigarros. A proporção de experimentadores na escola pública foi de 51,2% e na particular foi de 36,7% (p = 0); a de fumantes habituais foi 14,6% na escola pública e de 7% na particular (p = 0). As associações encontradas para iniciação e uso atual de cigarro em ambas as escolas foram: curiosidade, presença de pessoas fumantes no convívio social do adolescente, não ter sido elogiado por não fumar, e se considerar um aluno regular ou ruim. Não houve associação entre experimentação e fumo atual com classes sociais nas duas escolas, exceto para experimentadores das classes A e B na escola particular. Conclusões: A variável mais importante para fumo entre os estudantes foi a curiosidade. A experimentação e uso habitual de cigarro foram mais freqüentes na escola pública que na particular.



Palavras-Chave: Tabagismo; Fatores epidemiológicos; Estudantes.

Keywords: Smoking; Epidemiologic factors; Students.


Introdução

O tabagismo é considerado um dos mais importantes problemas de saúde pública do mundo atual, sendo uma das principais causas preveníveis de morte. A Organização Mundial de Saúde afirma que o tabagismo deve ser considerado como uma pandemia, uma vez que cerca de 5 milhões de indivíduos no mundo vão a óbito a cada ano por doenças relacionadas ao tabaco.(1)

A dependência da nicotina ocorre com o uso regular de tabaco, e adolescentes fumantes têm alta probabilidade de se tornarem adultos fumantes. Diversos estudos já demonstraram que é na adolescência que se encontra o grupo de maior risco para a iniciação do tabagismo. Desta maneira, considera-se que é nos anos de transição entre o ensino médio e superior que o jovem inicia, desenvolve e consolida seu comportamento tabagista.(2-5)

No estudo padronizado pelo Centers for Disease Control and Prevention, realizado no período de 1999 a 2005, junto a 750 mil jovens de 13 a 15 anos de idade em 131 países, observou-se que 9% dos adolescentes fumavam, com diminuição gradativa das diferenças entre os gêneros, principalmente nos países americanos e europeus, onde o estudo apontou não haver diferenças entre meninos e meninas quanto ao consumo tabágico.(6)

No Brasil, o V Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino, em 27 capitais brasileiras, mostrou as seguintes prevalências para o consumo de tabaco entre os 48.155 estudantes pesquisados: 24,9% para uso na vida; 15,7% para uso no ano; 9,9% para uso no mês; 3,8% para uso freqüente e 2,7% para uso pesado. Porém, em comparação com o último levantamento, a experimentação na faixa etária de 10-12 anos sofreu queda, ficando em torno de 7%.(7)

Neste levantamento, os dados relativos a Belém, com uma amostra de 1558 indivíduos de 10 a 19 anos, apontaram uma prevalência de 23,7% para uso de tabaco na vida; de 16,1% para uso no ano; de 10,5% para uso no mês; de 3,5% para uso freqüente e de 2,2% para uso pesado. Entretanto, observa-se que estudos realizados em Belém do Pará, até o presente, consideraram apenas a freqüência do uso de drogas em geral entre os estudantes, sem levar em consideração os fatores que contribuem para a iniciação do tabagismo na população adolescente desta região.(7)

O presente estudo teve o intuito de analisar as variáveis relacionadas à iniciação do tabagismo entre adolescentes estudantes de nível médio de escola pública e particular na cidade de Belém, capital do estado do Pará. As seguintes associações foram verificadas: a influência de pais, irmãos e amigos tabagistas; a facilidade na aquisição de cigarros pelos adolescentes; a percepção pessoal do rendimento escolar; o diálogo sobre tabagismo no ambiente familiar e o nível sócio-econômico das famílias.

Métodos

Realizou-se um estudo transversal em duas escolas de ensino médio, uma pública e outra particular, localizadas na mesma área metropolitana da cidade de Belém do Pará. Belém é a capital do estado do Pará, na região norte do Brasil, sendo este um dos 143 municípios que compõem este estado atualmente. Comporta uma população de 1.280.614 indivíduos, compreendendo cerca de 21% da população do estado. Sua população adolescente está estimada em 271.933 habitantes, o que representa cerca de 21,2% dos habitantes residentes no município.(8) Participaram do estudo 1520 estudantes do ensino médio com até 19 anos de idade, sendo 796 (52,4%) da escola pública e 724 (47,6%) da escola particular, ao longo dos meses de agosto a novembro de 2005. Não foram incluídos no estudo 837 estudantes, por não terem fornecido o termo de consentimento livre e esclarecido, não estarem presentes na sala de aula no dia da entrevista ou por terem idade superior a 19 anos.

Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário padronizado individual, não identificado, de autopreenchimento, com 27 questões fechadas, perguntando sobre experimentação de cigarro, fumo habitual, acesso à compra de cigarros, por qual motivo começou a fumar, tabagismo entre pais, irmãos e amigos, percepção do estudante sobre o seu rendimento escolar, diálogo sobre tabagismo no ambiente familiar e nível sócio-econômico.

O nível sócio-econômico dos escolares foi determinado pelo Critério de Classificação Econômica Brasil da Associação Nacional de Empresas de Pesquisa,(9) que leva em consideração o cruzamento de dados relativos ao grau de instrução do chefe de família e a posse de itens de bens de consumo e serviços do indivíduo. Utilizando um sistema de pontos, as classes foram estabelecidas a partir da seguinte pontuação: classe A, de 34 a 25 pontos; classe B, de 24 a 17 pontos; classe C, de 16 a 11 pontos, classe D, de 6 a 10 pontos; classe E, de 5 a 0 pontos.

Este questionário foi respondido por todos os escolares presentes em sala de aula no momento da visita, simultaneamente, de forma coletiva e sem a presença do professor.

Consideraram-se como experimentadores todos aqueles estudantes que afirmaram já ter feito uso de cigarro ao menos uma vez na vida e como fumantes atuais todos aqueles estudantes que afirmaram estar fumando atualmente.(7,10,11) Os demais foram considerados não fumantes.

O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo. Para a análise estatística foram realizados os testes do qui-quadrado (.2) e o t de Student, sendo considerados significativos os valores de p < 0,05. Os dados foram analisados utilizando-se os programas estatísticos Epi Info 2002 e BioEstat 3.0.

Resultados

Dos 1520 estudantes incluídos no estudo, observou-se um predomínio do sexo feminino em ambas as instituições (61,6% na escola pública e 56,2% na escola particular), com idade variando entre 13 e 19 anos e média de idade de 17 anos (±1,26) para a escola pública e 16 anos (±1,02) para a particular. Houve uma maior freqüência das classes socioeconômicas C (55,8%) e D (18,5%) na escola pública e das classes A (31,6%) e B (56,8%) na particular.

A ocorrência da experimentação de cigarros foi de 44,7% (513 estudantes), sendo 52,1% na escola pública e 36,7% na escola particular (p < 0,001). A ocorrência do uso atual de cigarros foi de 11% (167 estudantes), sendo 14,6% na escola pública e
7% na escola particular (p < 0,001) (Figura 1).








Dos estudantes auto-referidos como experimentadores, as alunas do sexo feminino corresponderam a 59 e 53%, respectivamente, na escola pública e particular, valores que não foram significantemente diferentes dos estudantes do sexo masculino. O primeiro cigarro foi, com freqüência, conseguido com amigos, em ambas as instituições (59,2% na escola pública e 64,7% na particular).

Com relação aos fumantes atuais, não houve diferença estatística nas freqüências relatadas entre sexos, sendo 48,3% de fumantes do sexo feminino na escola pública e 51% na escola particular. Afirmaram fumar há mais de 12 meses 67,2% dos estudantes da escola pública e 62,7% da particular, sendo que 59,5% dos estudantes da escola pública e 39,2% da particular faziam uso de cigarro diariamente.

Relataram comprar pessoalmente os cigarros que consomem 83,6% dos fumantes da escola pública e 82,4% da particular. Considerando-se apenas os estudantes com menos de 18 anos de idade, 52,2% dos experimentadores e 68,7% dos fumantes atuais, nunca receberam recusa no momento da compra de cigarros por parte dos vendedores.

Os fumantes alegaram que a principal influência para o tabagismo atual foi devido a sua própria curiosidade (62,1% da escola pública e 73,1% da particular), seguido pelas influências de amigos, pais, irmãos e mídia (Figura 2).







No que concerne à relação entre experimentar cigarros e a ocorrência de diálogo sobre tabagismo no ambiente familiar, a Tabela 1 demonstra que aqueles estudantes cujos pais não conversavam sobre tabagismo em casa ou que afirmaram que os pais não ficariam aborrecidos se eles fumassem, não apresentaram diferenças em relação àqueles cujos pais conversam ou ficariam aborrecidos. Porém, estudantes que nunca foram elogiados por não fumar apresentaram uma taxa de experimentação de cigarro maior (razão de prevalência [RP] = 1,32; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,15-1,51) do que os que afirmaram já terem sido elogiados.







A Figura 3 mostra a relação entre fumantes atuais e não fumantes com a autopercepção do rendimento escolar, sendo que o fato do aluno fumar se associou significativamente ao fato dele se considerar um aluno ruim ou regular. Da mesma forma, também para os estudantes que apenas experimentaram cigarros, houve associação significativa com o baixo rendimento escolar na escola pública (RP = 1,46; IC95%: 1,23-1,72), mas não na escola particular (RP = 1,17; IC95%: 0,93-1,46).







Na Tabela 2 pode-se observar a relação entre a experimentação de cigarros e o respectivo nível socioeconômico dos estudantes, segundo o tipo de escola. A experimentação associou-se significativamente aos níveis socioeconômicos A e B na escola particular (RP = 2,10; IC95%: 1,25-3,49); entretanto, não foi observada nenhuma associação com os diferentes níveis socioeconômicos na escola pública.







Discussão

A maioria dos estudos nacionais e internacionais sobre tabagismo na adolescência são de base escolar,(4,7,10-12) sendo poucos os estudos de base populacional.(13,14) Apesar de alguns autores afirmarem que estudos de base escolar fornecem subestimativas do problema, utilizar o ambiente escolar como fonte de dados favorece a operacionalização da pesquisa de campo, uma vez que possibilita uma coleta de dados programada e simultânea em diversas salas de aula, com o cumprimento. de normas éticas, minimizando as possibilidades de perdas e os encargos financeiros na pesquisa.(14)

Para a coleta de dados foi utilizado umquestionário individual, padronizado, de autopreenchimentoe não identificado, sendo a aplicaçãodeste tipo de instrumento o método padrão emestudos sobre tabagismo,(10) servindo para a observaçãotanto da freqüência de consumo, quanto dosfatores associados.

A proporção de adolescentes pesquisados que já experimentou algum cigarro na vida foi de 44,7%,sendo esta experimentação significativamente maior na escola pública. Este valor se mostrou distinto dos dados do último levantamento nacional sobre o uso de drogas psicotrópicas,(7) que mostrou uma prevalência de uso na vida de 23,7% para a amostra de Belém. Porém, quando observamos estes dados porfaixa etária, no grupo de 16 a 18 anos, a prevalência de uso na vida foi de 35,9% e, no grupo com mais de 18 anos, esta foi de 41,4%, dados estes que se aproximam dos valores encontrados entre os estudantes do presente estudo, que em sua maioria estão entre as idades de 16 e 17 anos.

Levando-se em consideração a variável sexo,nota-se que a experimentação foi igual em ambos os sexos, assim como o fumo atual. Estes achados são consistentes com alguns estudos que demonstram,em séries históricas, o uso de tabaco cada vez maior entre as meninas, seguindo uma tendência já relatada em países desenvolvidos, nos quais as mulheres vêm apresentando taxas de experimentação e uso habitual de cigarros iguais ou maiores que as dos homens.(4,6,13

O fato de ter conseguido o primeiro cigarro com seus amigos demonstra que o início do consumo tabágico está vinculado às relações sociais dos estudantes,onde a necessidade de se identificar com seus pares e fazer parte do grupo, associada à curiosidade,características inerentes à adolescência, são decisivas neste processo.No que diz respeito à maior prevalência de tabagismo entre alunos da escola pública, os dados encontrados na literatura são controversos. Em um levantamento similar realizado na cidade de São Paulo,(15) mostrou-se que a proporção de alunos fumantes na escola pública e na particular foi a mesma, diferindo apenas quanto ao número de cigarros consumidos por dia.Entretanto, em outro estudo foram apresentados dados semelhantes aos do presente estudo,mostrando que a prevalência de tabagistas entre adolescentes estudantes argentinos foi maior nas escolas públicas (14,6%) que nas particulares(11,4%).(16)

O hábito tabágico dos fumantes atuais revelou um predomínio do padrão de consumo diário, há mais de 12 meses, o que demonstra que os mecanismos de ação biológica da nicotina, com o estabelecimento da dependência química, já devem estar instalados nestes estudantes. Além disso, os mesmo afirmaram que a compra do cigarro é feita pessoalmente, demonstrando uma relativa autonomia em relação à manutenção do hábito.O acesso facilitado à compra de cigarros também funciona como um incentivo à manutenção do hábito tabágico, pois torna o jovem "auto-suficiente"para adquirir cigarros no momento em que surge a necessidade biológica e/ou psicossocial.A legislação antitabágica brasileira,(17) que proíbe a venda de produtos fumígenos derivados do tabaco a menores de 18 anos, sob pena de detenção de seis meses a dois anos e multa para os vendedores,mostra-se inoperante, pois a maioria dos estudantes menores de 18 anos já compraram cigarros sozinhos.

De fato, a manutenção dos baixos preços dos produtos derivados do tabaco, ainda reforçada pela grande participação do mercado ilegal, além da venda de cigarros por unidade nas portas das escolas e em outros locais freqüentados pelos adolescentes, facilitam o acesso do jovem ao cigarro.

A questão econômica envolvida no consumo habitual de cigarros já foi avaliada por alguns estudos de mercado, indicando que um aumento real no preço dos cigarros reduz significativamente o tabagismo entre os jovens, sendo estes mais sensíveis às variações de preço que a população tabagista adulta.(3)

Quanto à influência dos pais no tabagismo dos filhos, há falta de consenso na literatura.(4,14,16-20) Alguns estudos mostram que este comportamento pode facilitar o tabagismo nos filhos, tanto pelo exemplo de comportamento quanto pela disponibilidade de cigarros no lar, facilitando o acesso do jovem ao cigarro, além de fornecer precocemente estímulos bioquímicos diretos aos receptores nicotínicos dos filhos, adquiridos de maneira hereditária.(2,21)

Da mesma forma, a presença de irmãos e amigos tabagistas esteve fortemente associada à experimentação e ao fumo atual dos estudantes. A influência de grupos de indivíduos fumantes com a mesma faixa etária do adolescente é particularmente forte nas fases iniciais de uso do tabaco, pois as primeiras tentativas de experimentar cigarros ocorrem freqüentemente com os irmãos e amigos, e estes podem prover expectativas, reforço e sugestões subseqüentes favoráveis à manutenção do hábito. Diversos estudos sobre tabagismo na adolescência são unânimes em apontar estas associações.(14-16,18,20-23)

A percepção pessoal do aluno em relação ao baixo rendimento escolar mostrou associação com a iniciação do tabagismo e fumo atual, pois o fato de se considerar um aluno regular ou ruim esteve presente de forma significante entre os experimentadores da escola pública. Estes achados concordam com um estudo de seguimento,(20) onde alunos que referiram uma performance escolar mediana ou abaixo da média em relação à sua turma estariam muito mais predispostos à gênese e manutenção do tabagismo.

O nível socioeconômico dos estudantes apresentou associações diferenciadas para a experimentação entre os alunos dos diferentes tipos de escola. Os níveis A e B revelaram-se associados de maneira significativa à experimentação somente na escola particular, não sendo observadas tais associações na pública, embora o número de experimentadores dos níveis C e D na escola particular tenha sido pequeno. Isto demonstra, junto com outros dados deste estudo, que muito provavelmente a experimentação na adolescência está mais ligada a padrões de grupo social do que ao nível socioeconômico.

Portanto, os resultados do presente estudo fornecem diversas informações a cerca de variáveis envolvidas na iniciação do fumo entre estudantes oriundos de diferentes realidades sociais na cidade de Belém. Estes achados podem instrumentar ações regionalizadas de prevenção e combate ao tabagismo, direcionadas à comunidade, à escola e à família, tendo como alvo os adolescentes.

Referências

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4. Instituto Nacional do Câncer [Homepage on the Internet]. Rio de Janeiro: INCA e Ministério da Saúde; 2007 [cited 2006 Dec 27]. VIGESCOLA - Vigilância de tabagismo em escolares. Dados e fatos de 12 capitais brasileiras. Available from: http://www.inca.gov.br/vigescola/docs/vigescola_completo. pdf

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7. Galduróz JCF, Noto AR, Carlini EA. V Levantamento nacional sobre o consumo de drogas psicotrópicas entre estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino nas 27 capitais brasileiras - 2004. São Paulo: Centro Brasileiro de Informações Sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas (CEBRID) -Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo; 2004.

8. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Homepage on the Internet] Brasília: IBGE, 2007 [cited 2006 Dec 27]. Censo Demográfico 2000. Available from: http://www.ibge.gov.br

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10. Centers for Disease Control and Prevention [Homepage on the Internet]. Atlanta: The Centers; 2007 [cited 2004 Set 15]. Global Youth Tobacco Survey -GYTS. Available from: http://www.cdc.gov/tobacco/global/GYTS.htm

11. Galduróz JCF, Noto AR, Carlini EA. IV Levantamento sobre o uso de drogas entre estudantes de 1º e 2º graus em 10 capitais brasileiras -1997. São Paulo: Centro Brasileiro de Informações Sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas (CEBRID) -Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo; 1997.

12. Ivanovic DM, Castro CG, Ivanovic RM. Factores que inciden en el hábito de fumar de escolares de educación básica y media de Chile. Rev Saude Publica. 1997;31(1):30-43.

13. Carlini EA, Galduróz JCF, Noto AR, Nappo SA. I Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 107 maiores cidades do país - 2001. São Paulo: Centro Brasileiro de Informações Sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas (CEBRID) -Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo; 2002.

14. Malcon MC, Menezes AMB, Chattkin M. Prevalência e fatores de risco para tabagismo em adolescentes. Rev Saúde Pública. 2003;37(1):1-7.

15. Peres JA. Análise epidemiológica do uso do cigarro em estudantes do ensino fundamental e ensino médio [thesis]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2001.

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18. Malcon MC, Menezes AMB, Maia MFS, Chatkin M. Prevalência e fatores de risco para tabagismo em adolescentes na América do Sul: uma revisão sistemática da literatura. Rev Panam Salud Publica. 2003;13(4):222-8.

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20. Pierce JP, Choi WS, Gilpin EA, Farkas AJ, Merritt RK. Validation of susceptibility as a predictor of which adolescents take up smoking in the United States. Health Psychol. 1996;15(5):355-61.

21. Sant'anna CC, Araújo AJ, Orfaliais CS. Abordagem de grupos especiais: crianças e adolescentes. J Bras Pneumol. 2004;30(Supl 2):S47-S54.

22. Segat FM, Santos RP, Guillande S, Pasqualotto AC, Benvegnú LA. Fatores de risco associados ao tabagismo em adolescentes. Adolesc Latinoam. 1998;1(3): 163-9.

23. Simons-Morton B, Crump AD, Hayne DL, Saylor KE, Eitel P, Yu K. Psychosocial, school, and parent factors associated with recent smoking among early-adolescent boys and girls. Prev Med. 1999;28(2):138-48.
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* Trabalho realizado no Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, São Paulo (SP) Brasil.
1. Mestre pelo programa de Pós-graduação em Epidemiologia do Departamento de Medicina Preventiva. Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, São Paulo (SP) Brasil.
2. Professora Associada do Departamento de Medicina Preventiva. Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, São Paulo (SP) Brasil.
Correspondência para: Denise da Silva Pinto. Travessa Humaitá, 1655, Bairro do Marco, CEP 66093-110, Belém, PA, Brasil.
Tel 55 91 4009-2100. Fax 55 91 8151-0354. E-mail: denisefisio23@hotmail.com
Submetido em 4/1/2007. Aprovado, após revisão em 25/2/2007.


Ricardo Roslindo
Enfermeiro

Ricardo Roslindo disse...

O fumo de segunda mão é uma ameaça da saúde aos animais de estimação

STILLWATER, Okla. - Estêve na notícia por anos sobre como o fumo de segunda mão é uma ameaça da saúde aos não fumadores. O Centro de controlo de enfermidades e a prevenção indicam que o fumo de segunda mão está atribuído com milhares da matança de não fumadores adultos anualmente.

Se fumar é aquele prejudicial aos seres humanos, faria o sentido que o fumo de segunda mão teria um efeito adverso nos animais de estimação que vivo nos repousos dos fumadores, disse o Dr. Carolynn MacAllister, veterinário côoperativo do serviço de extensão da universidade de estado de Oklahoma.

“Houve um número de papéis científicos recentemente que relataram que à ameaça significativa da saúde poses do fumo de segunda mão aos animais de estimação,” MacAllister disse. “O fumo de segunda mão foi associado com o cancro e o lymphoma orais nos gatos, no pulmão e no cancro nasal nos cães, assim como o câncer pulmonar nos pássaros.”


Disse que um estudo conduzido recentemente na faculdade do topete da medicina veterinária encontrou uma correlação forte entre o fumo de segunda mão e determinados formulários do cancro nos gatos. O número de gatos com o cancro de boca, igualmente conhecido como a carcinoma de pilha squamous, era mais elevado para aqueles animais que vivem em ambientes de fumo contra aqueles felines vivendo em um repouso sem fumo. Além, os gatos que viveram com os fumadores por cinco ou mais anos tiveram uma incidência mesmo mais elevada deste tipo de cancro oral.

De “os gatos uma razão são tão suscetível ao fumo de segunda mão é por causa de seus hábitos da preparação. Os gatos lambem-se constantemente ao preparar, conseqüentemente lambem acima dos carcinogéneos cancerígenos que acumulam em sua pele,” MacAllister disseram. “Este comportamento da preparação expor a membrana mucous de sua boca aos carcinogéneos cancerígenos.”

O lymphoma maligno é um outro tipo de cancro que os gatos que vivo com fumadores ter um risco mais elevado de obtenção. Este cancro ocorre nos nós de linfa e os gatos são duas vezes tão prováveis ter este tipo de cancro comparado aos gatos que vivem em um repouso non-smoking. Este formulário do cancro é fatal a três de quatro gatos dentro de 12 meses de desenvolver o cancro.

MacAllister igualmente indic que o fumo de segunda mão está associado extremamente com a ocorrência de cancro aumentada na área do nariz e da cavidade entre cães. A pesquisa igualmente indica uma associação ligeira com o câncer pulmonar.

“Um estudo recente conduzido na universidade de estado de Colorado mostra-a que há uma incidência mais elevada de tumores nasais nos cães que vivem em um repouso com o fumo de segunda mão comparado aos cães que vivem em um ambiente sem fumo,” disse. “A incidência aumentada foi encontrada especificamente entre a raça por muito tempo cheirada dos cães. Mais curto ou meio cheirou os cães mostrados umas taxas mais elevadas para o câncer pulmonar.”

MacAllister disse que as raças mais por muito tempo cheiradas dos cães têm uma grande área de superfície em seus narizes que fosse expor aos carcinogéneos. Isto igualmente fornece mais área em que os carcinogéneos podem acumular. Os carcinogéneos tendem a acumular-se nas membranas mucous de cães cheirados longos assim tanto que quanto alcanga os pulmões.

Infelizmente, os cães afetados com cancro nasal normalmente não sobrevivem a mais de um ano.

“Os cães curtos e médios da razão do nariz têm uma ocorrência mais elevada do câncer pulmonar são porque suas passagens nasais mais curtas não são como eficazes em acumular os carcinogéneos inalados do fumo de segunda mão,” ela disseram. “Isto conduz a mais carcinogéneos que alcangam os pulmões.”

Os pássaros do animal de estimação igualmente são vítimas do fumo de segunda mão. O sistema respiratório de um pássaro é hypersensitive a qualquer tipo de poluente no ar.

MacAllister disse que as conseqüências as mais sérias da exposição do fumo de segunda mão nos pássaros são pneumonia ou câncer pulmonar. Outros riscos para a saúde incluem problemas do olho, da pele, do coração e da fertilidade.

O fumo de segunda mão não é o único perigo enfrentado pelos animais de estimação que vivo no fumo encheu ambientes. O envenenamento é um outro risco que enfrentam.

“Os animais de estimação curiosos podem comer cigarros e outros produtos de tabaco se os produtos não são armazenados corretamente,” MacAllister disseram. “Quando ingerido, isto pode causar o envenenamento da nicotina, que pode ser fatal.”

É importante, para a saúde dos animais de estimação e de outro que vivem no agregado familiar, que o fumador tem uma área designada em que ao fumo que é separado fisicamente do repouso. Além, sempre cigarros do sustento, pontas de cigarro e outros produtos de tabaco põr afastado.

“Uma escolha melhor que poderia realçar suas possibilidades de apreciar um estilo de vida mais saudável com sua família e os animais de estimação devessem parar de fumar completamente,” MacAllister disse.


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Ricardo Roslindo
Enfermeiro

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Doenças causadas pelo uso de derivados de tabaco.

O tabagismo causa cerca de 50 doenças diferentes, principalmente as doenças cardiovasculares tais como: a hipertensão, o infarto, a angina, e o derrame. É responsável por muitas mortes por câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga e pelas doenças respiratórias obstrutivas como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. O tabaco diminui as defesas do organismo e com isso o fumante tende a aumentar a incidência de adquirir doenças como a gripe e a tuberculose. O tabaco também causa impotência sexual.Porque fumar?
Existem vários fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela publicidade do cigarro nos meios de comunicação.
No caso dos jovens ainda é pior porque além das propagandas pelos meios de comunicação, pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência. Antes dos 19 anos de idade o jovem está na fase de construção de sua personalidade. Pesquisas mostram que a maioria dos adolescentes fumantes iniciou a fumar justamente nesta faixa de idade, isto quer dizer que o principal fator que favorece o tabagismo entre os jovens é, principalmente, a necessidade de auto-afirmação.
Moda nos dicionários nos leva a pensar em: música, roupas, gostos, jeito de se vestir, gírias, danças, etc. O tabaco não está incluído em nenhum destes itens.
A algum tempo atrás a publicidade manipulava psicologicamente levando diferentes grupos (adolescentes, mulheres, indivíduos de baixo poder aquisitivo, etc) que acreditavam que o tabagismo era muito mais comum e socialmente aceito do que era na realidade e através das demandas sociais e das fantasias dos comerciais que usavam mulheres bonitas, bem vestidas, homens fortes, bonitos, jovens curtindo a natureza ou em festas muito bem acompanhados todos estes personagens fazendo uso do cigarro. Hoje, este tipo de publicidade foi proibido no Brasil. A lei 10.167 restringe a propaganda de cigarros e derivados do
Fumar durante a gravidez?
Nem pensar, FUMAR DURANTE A GRAVIDEZ traz sérios riscos para a gestante como também aumenta o risco de mortalidade fetal e infantil, estes riscos se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno. Estes riscos são:
· Abortos espontâneos;
· Nascimentos prematuros;
· Bebês de baixo peso;
· Mortes fetais e de recém-nascidos;
· Gravidez tubária;
· Deslocamento prematuro da placenta;
· Placenta prévia e
· Episódios de sangramento.

Comparando-se a gestante que fuma com a que não fuma, a gestante fumante apresenta mais complicações durante o parto e têm o dobro de chances de ter um bebê de menor peso e menor comprimento.
A gestante que fuma, com um único cigarro fumado acelerar em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho cardiovascular. Imagine a extensão dos danos causados ao feto, com o uso regular de cigarros pela gestante.
A gestante, o parto e a criança também estão expostos a estes riscos quando a gestante é obrigada a viver em ambiente poluído pela fumaça do cigarro (fumante passiva), absorvendo substâncias tóxicas da fumaça, que pelo sangue passa para o feto. Assim como a mãe que fuma durante a amamentação, a nicotina passa pelo leite que é ingerido pela criança.

O que é ser um fumante passivo?
É o indivíduo que convive com fumantes e inalam a fumaça de derivados do tabaco em ambientes fechados. Poluição Tabagística Ambiental (PTA), é a poluição decorrente da fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a maior responsável pela poluição nestes ambientes. Pesquisas mostram que o tabagismo passivo é estimado como a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, só perdendo para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool.
Os não fumantes que respiram a fumaça do tabaco têm um risco maior de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo. Quanto maior o tempo em que o não fumante fica exposto à poluição tabagística ambiental, maior a chance de adoecer. As crianças, por terem uma freqüência respiratória mais elevada, são mais atingidas, sofrendo conseqüências drásticas na sua saúde, incluindo doenças como a bronquite, pneumonia, asma e infecções do ouvido médio.
Só os fumantes não acreditam que são:

· Nove mortes por hora.
· 80 mil por ano.
· 90% dos casos de câncer de pulmão.
· 80% dos enfisemas pulmonares.
· 25% dos infartos de miocárdio.
· 40% dos derrames cerebrais.
· 10 milhões de pessoas vão morrer nos próximos 30 anos, nas Américas.
· Quatro milhões morrem por ano.

Métodos para acabar com o vício
Hoje, já existem no mercado diversos métodos para acabar com o vício do cigarro, basta querer e ter força de vontade.
Citaremos alguns destes métodos:

· Goma de mascar com nicotina – são pastilhas que liberam pequenas doses de nicotina diminuindo os sintomas da abstinência.

· Skin Paches – são pequenos adesivos que colados à pele, liberam mais nicotina do que a goma de mascar.

· Spray nasal – este spray libera menos nicotina que a goma e os patches, mas chega mais rápido ao sistema circulatório.

· Inalante – o inalante tem a mesma forma do cigarro, o que leva o indivíduo a achar que está fumando, pois imita o gesto mão-para-boca do fumante só que com 1/3 da nicotina do cigarro.

· Zyban – este é um método sem nicotina, trata-se de uma droga antidepressiva que auxilia nas crises de abstinência.

Todos estes métodos devem ser receitado e terem acompanhamento médico.

Referências Bibliográficas:

Aleixo Neto, A. Efeitos do fumo na gravidez. Ver. Saúde Pública, São Paulo, 24:420-4, 1990.
Doll R, Peto R. 9ª Conferência Mundial sobre Tabaco e saúde. Paris, 1994.
Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Nacional de Controle de Tabagismo e Prevenção Primária - CONTAPP. "Falando Sobre Tabagismo". Rio de Janeiro, 1996.
Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2002.
World Health Organization. World no-Tobacco Day. Tobacco Alert, 1996.
International Agency of Reaserch in Cancer (IARC). Environmental Carcinogens mathods of analysis and exposure measurement. Passive Smoking. Vol 9, Scientific Publications n.31, Lyon, France 1987.
Rosemberg, J. Tabagismo, sério problema de saúde pública 2 ed. Almed Editora e Livraria Ltda. 1987.
U.S. Department of Health and Human Services. The health consequences of involuntary smoking. A report of the Surgeon General. Washington DC; U.S. Government Printing Office, 1986.
U.S. Departament Of Health and Human Services. The health consequences of smoking: cardiovascular disease. Maryland, EUA. : CDC, 1984, n. 84-50204, p. 7-8, 109, 1984.
Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. IV Levantamento sobre o Uso de Drogas entre Estudantes de 1º e 2º graus em 10 Capitais Brasileira. UNIFESP, 1997.
Texto de Ivana Silva


Ricardo Roslindo
Enfermeiro

Ricardo Roslindo disse...

Cigarro, epidemia nacional

O tabagismo é um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Morrem hoje no mundo 4 milhões de pessoas por ano devido a doenças relacionadas ao tabaco; o mesmo número de pessoas atingidas pela tuberculose. "A Aids mata menos que o cigarro. Nos últimos anos a doença foi responsável pela morte de 20 milhões de pessoas; mas o tabaco matou 60 milhões de pessoas", afirma José Rosemberg, presidente do comitê Coordenador de Controle do Tabagismo no Brasil, vinculado ao comitê Latino-Americano de Controle do Tabagismo. Membro da Câmara Técnica de Tabagismo do Inca, presidente da Comissão de Combate ao Tabagismo da Associação Médica Brasileira e presidente da Secretaria de Controle do Tabagismo da Secretaria e Saúde do Estado de São Paulo, ele começou a trabalhar nesta área em 1968, quando organizou a primeira semana antitabágica na pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi a primeira vez que a universidade teve uma ação semelhante. Desde então, Rosemberg já publicou mais de 100 trabalhos sobre o tabagismo, cerca de 28% de toda a bibliografia do país sobre o assunto.

O problema do fumo no mundo é gigantesco e atinge todos os países. A nicotina é a droga que conta com a maior difusão no mundo e provoca dependência física e química maior que a cocaína e a heroína. É uma droga lícita que demora de 15 a 20 anos para causar malefícios. É a única que carrega cerca de 5 mil substâncias tóxicas. Quando o fumante traga, inala pelo menos 5 mil delas. Segundo Rosemberg, a epidemia tabágica é uma das maiores já enfrentadas pela medicina em todos os tempos e pode ser explicada por números que são, no mínimo, assustadores. Há no mundo hoje 1,25 bilhão de fumantes classificados. Se cada uma dessas pessoas conviver com dois não fumantes, haverá pelo menos 2 bilhões de pessoas que sofrem a conseqüência indireta do tabaco, entre fumantes ativos e passivos. "Isso significa que mais da metade da humanidade está direta ou indiretamente vinculada aos perigos do tabagismo", diz Rosemberg.

No Brasil, a epidemia do tabaco começou a se alastrar em 1970 e de lá pra cá o consumo de tabaco no país aumentou 158%, enquanto a população cresceu 50%. Em todo o planeta consome-se 250 mil toneladas de nicotina por dia, o equivalente a 6 trilhões e meio de cigarros. Um dado preocupante é o deslocamento da epidemia dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, como o Brasil. Dos 4 milhões de pessoas que morrem hoje devido às complicações causadas pelo cigarro, 3 milhões estão nos países em desenvolvimento. Enquanto no chamado primeiro mundo o consumo caiu 2,54% ao ano, nos países em desenvolvimento subiu 3%.

Um dos motivos por que vem acontecendo é o baixo custo do cigarro em países em como o Brasil, impulsionado pelo contrabando, que já representa 40% das vendas. Combater o contrabando e aumentar o preço do cigarro são medidas defendida pelo enfermeiro sanitarista Marco Antonio de Moraes, coordenador estadual das ações de controle do programa de tabagismo do Hospital Santa Cruz, em São Paulo, para diminuir o consumo de tabaco.

"O Brasil conseguiu um certo controle sobre a propaganda de cigarro, mas é preciso mais. A partir do ano que vem serão proibidos os patrocínios de eventos esportivos e culturais pela indústria tabageira". Segundo os dados da Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), a propaganda do tabaco ainda está muito presente em eventos esportivos. Números da Federal Trade Comission mostram que somente nos Estados Unidos, em 1999, houve investimento de US$ 113,6 milhões no custeio de eventos esportivos.

Mortes anunciadas


Se o consumo de tabaco não for controlado no mundo, a Organização Mundial de Saúde estima que em 2020 o número de mortes decorrentes do fumo subirá para 10 milhões ao ano. "Imagina-se que no Brasil estejam morrendo entre 80 a 100 mil pessoas por ano em conseqüência do fumo", afirma Rosemberg. Um dos grandes problemas do tabagismo são os fumantes passivos, que ficam expostos aos riscos do cigarro mesmo tendo optado por não fumar. O cigarro é o principal poluente doméstico que se conhece . Todo mundo, em algum momento da vida, foi exposto à fumaça do cigarro. A Agência de Proteção Ambiental norte-americana considera poluição tabágica ambiental fator A na classificação de cÂncer do pulmão. E já são três mil casos de enfartes de coração hoje, nos Estados Unidos, em fumantes passivos. A pior fumaça é que sai da ponta do cigarro, que não passou pelo filtro nem pelo pulmão do fumante e que impregna nas cortinas, estofados e tapetes.

Rosemberg diz que o risco varia de acordo com a idade de cada um, o número de horas que a pessoa passa com fumante, o número de cigarros e o tamanho do aposento em que se está. "Um estudo na França mostra que aumentou o numero de casos de câncer de pulmão em mulheres não fumantes com maridos fumantes. O problema é ainda mais sério com as crianças. No Brasil, temos hoje 15 milhões de crianças fumantes passiva. No mundo todo são 700 milhões." Quando a mulher fuma durante a gravidez, corre maior risco de aborto, de descolamento da placenta e outras complicações. O feto recebe menos oxigênio, o que altera sua estrutura pulmonar e cerebral, além de aumentar o risco de morte súbita. Há maiores riscos da criança nascer nascer com defeitos congênitos e até com QI mais baixo. "Em famílias onde ninguém fuma, de 14 a 17% das crianças sofrem infecções pulmonares (bronquite, pneumonia, etc.). O número de casos dobra em casas de fumantes. Além disso, há maior risco de doenças como amigdalite, otite média e sinusite para a criança", explica o médico.

Do outro lado da argumentação , a indústria do tabaco vive questionando o valor dos trabalhos científicos, mas entre os 300 melhores estudos feitos sobre poluição ambiental no mundo, 98% provaram que a poluição tabagista é perigosa. "Verificou-se que os outros 2% tinham ligação com a indústria do tabaco", diz Rosemberg. O médico explica que esses estudos têm o chamado "fator de confusão". Para mostrar que os riscos são menores, eles colocam fumantes e não fumantes em uma sala bem ampla, com as pessoas bem distantes umas das outras, por exemplo. "Como o consumo caiu, as multinacionais se infiltraram para fazerem estudos que levam a observações mais favoráveis ao tabaco. E existe gente que se presta a isso. Mas já está provado que a queda no consumo de cigarro no mundo se deve à propaganda científica que esclarece contra os riscos e as leis que proíbem que se fume em locais de trabalho e grande aglomeração. Cerca de 100 países têm essas leis hoje, inclusive o Brasil. Nos Estados Unidos praticamente não se fuma mais em empresa nenhuma", informa.

Corrente Global

A Organização Mundial de Saúde, em conjunto com 192 países e 200 organizações não governamentais, mobilizou-se para criar e aprovar um texto com ações que combatam o tabagismo no mundo. A primeira reunião ocorreu em novembro de 2000. O programa Convenção Quadro do Controle Global do Tabaco no Mundo promove reuniões periódicas em Genebra, além das reuniões regionais. Grande parte das leis já aprovadas ou em discussão no Brasil, por exemplo, fazem parte das recomendações dessa Convenção. A lei que obriga os fabricantes de cigarro a colocarem imagem dos danos causados pelo fumo nos maços, pioneira no Brasil e Canadá, é uma delas. "As próximas devem ser a proibição total de fumar em locais com aglomeração, em ambientes de trabalho, de ensino, salas de reuniões e todos os locais de lazer. O ideal é chegar ao nível da Finlândia, onde a lei é rígida e diz que 'só é permitido fumar ao ar livre, longe das aglomerações' " , explica Rosemberg.

A campanha de controle do tabagismo no estado de São Paulo está sob a responsabilidade do enfermeiro sanitarista Marco Antonio de Moraes. "O objetivo da campanha é conscientizar a população sobre os malefícios do cigarro através de uma série de medidas de saúde pública, econômicas, educativas e legislativas. Assim pretendemos baixar a venda e o consumo de cigarros". O Ministério da Saúde desenvolve desde 1985 um programa em todo o Brasil com o objetivo de diminuir a morbi-mortalidade (doenças e mortes) devido ao tabagismo. Tais medidas visam a capacitar profissionais em todo o Brasil para o desenvolvimento de uma série de ações ligadas às secretarias estaduais de saúde.

"Mais de 50% dos municípios brasileiros já estão capacitados, mas a idéia é ter uma pessoa em cada cidade brasileira, desenvolvendo ações diretas em escolas e instituições de saúde. Uma delas é trabalhar com profissionais de instituições de saúde. Uma delas é trabalhar com profissionais de instituição de saúde de pequeno, médio e grande portes (hospitais, centros de saúde, postos periféricos) e formar uma massa crítica de profissionais que através de uma consulta sejam capazes de abordar o fumante , entender a dependência e ser capaz de aconselhar, acompanhar e avaliar os resultados. E também mostrar esses profissionais a incoerência de ser um fumante", explica Marco Antônio.

Ele faz questão de ressaltar que o programa não que agredir o fumante, mas conscientizá-lo dos riscos e mostrar a mensagem equivocada que a indústria passa. "O tabagismo é considerado uma doença porque a nicotina é uma droga pesada e mata. Quando desenvolvemos programas internos, procuramos até ter fumantes no grupo". Além dos estabelecimentos de saúde, também estão sendo treinados profissionais de escolas. "Queremos reunir profissionais de saúde e professores que sejam capazes de incluir o assunto tabagismo no currículo escolar para que os jovens tenham consciência da gravidade do cigarro. Nosso objetivo é ter escolas livres do cigarro. 90% das pessoas começam a fumar antes dos 18 anos, por isso é tão barrar o tabagismo antes dessa idade", diz ele.

A secretaria desenvolve programas que reúnem grupos de pessoas que desejam parar de fumar e já começam a surgir em São Paulo associações de fumantes anônimos. Além disso, está empenhada em buscar parcerias não governamentais, para expandir seu raio de ação. "O que falta no Brasil é a parceria de organizações não governamentais com o governo para termos maior sucesso. Nos Estados Unidos, Canadá e Finlândia, a participação não governamental é fundamental para o sucesso das ações. Otawa, no Canadá, por exemplo, tornou-se livre do cigarro devido a ações governamentais e não governamentais. O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, é conhecido hoje como livre do cigarro. Mas para combater o tabagismo eles têm uma renda infinitamente maior da que temos para o Brasil inteiro. E claro, o apoio dessas organizações", ressalta Marco Antonio.

No Brasil, o programa governamental que está sendo desenvolvido é tão importante, que desde 1996, a Organização Mundial da Saúde cita o Ministério da Saúde brasileiro como centro de referência na América Latina em relação as ações de controle do tabagismo. Marco Antonio acredita que essas medidas consigam a longo prazo estimular as pessoas a pararem de fumar. "Uma pesquisa da Vox Populi demonstrou que houve uma pequena queda no número de fumantes no Brasil, embora tenha aumentado o consumo de álcool, mas ainda é cedo para falar de um programa que tem apenas 17 anos", diz ele.

A batalha contra o tabagismo ainda tem um longo caminho pela frente, mas para o Dr.José Rosemberg já houve avanços. "Durante 400 anos se disse que o tabaco era um estilo de vida. Não se acaba com isso apenas com uma lei mas, sim, com um trabalho de formiga que se está fazendo no mundo. As leis estão mais rígidas, o tabagismo é discutido em todos os congressos médicos, coisa que não acontecia há dez anos. Sem dúvida, estamos melhorando, mas a luta depende do binômio legislação e educação. Não há lei que possa ser aplicada sem um preparo educacional e não há medida educacional que não dependa do amparo legal para ser eficiente", conclui o especialista.
Fonte: Revista Droga e Família - ANO III - Nº15 - 2002

Ricardo Roslindo
Enfermeiro

Ricardo Roslindo disse...

NY: cresce o número de bares e restaurantes - livres do tabaco

Se a Indústria do Tabaco alegava que legislação de espaços de trabalho livres de fumo prejudicaria os negócios, mas os impostos das receitas provam o contrário.

A lei de locais de trabalho livres de fumo da cidade de Nova York entrou em vigor em março, e os negócios estão pipocando. De acordo com a Comissária de Finanças, Martha Stark, “os bares e restaurantes de Nova York pagam à cidade 12% mais em impostos sobre os negócios desde que a lei entrou em vigor, em comparação com o mesmo período de 2002”.

De abril a setembro de 2003 (os últimos dados disponíveis), o departamento coletou US$ 12 milhões em impostos de negócios de bares e restaurantes, mais que os US$ 10.8 milhões do mesmo período de 2002.

“Embora estas estatísticas estejam longe da importância que tem o número de vidas que serão salvas, são um bom indício de que os novaiorquinos estão se ajustando bem à proibição do tabagismo”, acrescenta Stark.

Além do aumento da receita, quase 10 mil novos empregos foram criados na indústria do entretenimento, de acordo com o Departamento de Trabalho do Estado de Nova York.

A situação em Nova York é semelhante à situação de outros lugares, segundo Joe Cherner, fundador do grupo BREATHE - Bar and Restaurant Employees Advocating Together for a Healthy Environment (Empregados de Bares e Restaurantes Atuando Juntos por um Ambiente Saudável. Em inglês, breathe significa respirar). “Todo estudo revisto usando dados de impostos sobre vendas mostram que o ar limpo é bom para a saúde E bom para os negócios”, diz Cherner.

“É normal que alguns restaurantes e bares percam dinheiro ou saiam do negócio. Não tem nada a ver com a provisão de ar limpo. Os negócios de bares e restaurantes têm um mudança muito alta. Um bar ou club que estava na moda no ano passado pode estar fora de moda este ano”.

De acordo com a Pesquisa Zagat, 91 restaurantes fecharam desde que a lei de ambientes de trabalho livres de fumo entrou em vigor. Mas 174 restaurantes abriram e mais inaugurações estão agendadas, de acordo com Zagat.

A Califórnia se tornou o primeiro estado com locais de trabalho livres de fumo em 1995. Desde então, Delaware, Nova York, Connecticut, Maine e Massachussetts aprovaram a mesma legislação. Espera-se que o número de estados americanos a adotarem a lei cresça em 2004.

“A indústria do tabalho adora ir à mídia falar que os negócios estão perdendo dinheiro”, acrescenta Cherner. “Mas a verdade é que para cada perdedor, há dois ganhadores”.

Se você não vive em Nova York, pode mandar uma carta de apoio à legislação de espaços de trabalho livres de fumo da onde você mora, acessando www.smokefree.net/alerts.php



Fonte : Smokefree.net
Ricardo Roslindo
Enfermeiro

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Já se falou que fumar é brega, que é cafona. Que quem fuma é pato.

Por determinação de Lei, os maços de cigarro estampam fotos e advertências dos males que o consumo de tabaco pode causar. E mesmo assim o assunto não sai de pauta. Conforme pesquisa do Instituto Nacional do Câncer e Ministério da Saúde, Porto Alegre é capital brasileira com a maior taxa de fumantes (25,2% da população).

Diante deste cenário, nos últimos anos a Secretaria Estadual da Saúde - SES/RS intensifica ações de controle do tabagismo no Rio Grande do Sul. "É necessário intensificar as ações no sentido do cumprimento da legislação existente. Precisamos seguir os exemplos de países europeus que não permitirão mais o uso de cigarros nos bares e restaurantes, entre outros, a partir de 2007”, afirma o Secretário Estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis. Esta discussão foi muito acirrada em países que têm uma tradição de uso de cigarro maior que o Brasil. Segundo Gabbardo, “prevaleceu, no entanto, a idéia de que é fundamental a proibição do cigarro para reduzir a incidência das doenças não transmissíveis e relacionadas as maiores causas de mortes".

Em 1998, a SES implantou o Programa de Controle do Tabagismo, como desdobramento do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, para desenvolver ações em educação e ampliação do acesso ao tratamento da dependência da nicotina. Através do programa, a SES, desde 2004, vem preparando técnicos das secretarias municipais de saúde para o tratamento do fumante. Até o momento, 680 profissionais (médicos, enfermeiros e psicólogos) foram treinados e 290 Unidades de Saúde foram capacitadas em 172 municípios. Dessas, 104 unidades disponibilizam tratamento (39 em Porto Alegre) para uma média mensal de 1.700 fumantes.

A Coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo da SES, a médica Anna Elizabeth de Miranda, explica que o programa trabalha simultanamente prevenção, redução da prevalência do hábito na população e o tratamento gratuito ao fumante. “Com isso, serão reduzidas as doenças e mortes diretamente relacionadas ao tabagismo – alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares – que são os de maior mortalidade no RS”, enfatizou.

O Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros com mais unidades de saúde preparadas para realizar a abordagem intensiva do fumante. Até o final de 2004 eram 59 unidades, em 32 municípios. Em 2005 houve aumento de 76% no número de unidades. Quem deseja parar de fumar deve procurar a Secretaria de Saúde de seu município. Além investir no tratamento (consultas, grupos, adesivos, gomas de mascar com nicotina, medicamentos, etc) dos fumantes que querem deixar de fumar, o Secretário Estadual da Saúde salienta que é obrigação do gestor da Saúde Pública proteger os não fumantes dos riscos das doenças e mortes relacionadas ao tabaco, “não permitindo que os ambientes públicos sejam contaminados”.

Desde 2005, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, da SES, em conjunto com o Programa de Controle do Tabagismo, implanta o programa Ambientes Livres do Tabaco no Rio Grande do Sul, visando o cumprimento da Lei Federal 9294/96 especialmente em bares e restaurantes. "Queremos estimular os proprietários de bares e restaurantes a oferecerem ambiente livre de tabaco e com isto ter preferência do mercado em que 75% não são fumantes, e que vão preferir um restaurante com a garantia de que não vão sentar-se ao lado de um fumante que vai acender um cigarro no momento do seu jantar ou almoço", explica Gabbardo. A SES também realiza ações para estimular os trabalhadores da saúde a deixarem de fumar, envolvendo mais de 6.500 profissionais de postos de saúde, hospitais e órgãos vinculados à saúde pública.

Entre os estudantes de Porto Alegre, pesquisas apontam que 37,6% dos adolescentes de sexo masculino e de 29,2% do sexo feminino são fumantes. Para reverter esse quadro, a SES vem implantando o Programa Saber Saúde nas Escolas. Profissionais de 200 escolas gaúchas foram treinados para o trabalho de prevenção. Ao todo são 3.270 educadores envolvidos na promoção de hábitos saudáveis e conscientização sobre os malefícios do cigarro.

Estimativas do Ministério da Saúde indicam que em 2006 aproximadamente 2.086 homens e 1.210 mulheres deverão adoecer de câncer de pulmão no Rio Grande do Sul. A forma mais eficaz de prevenção de câncer é a redução do tabagismo. Para o Secretário Gabbardo, “o custo do atendimento destes pacientes é muito superior aos valores arrecadados pelos impostos, sem considerar as mortes precoces, os benefícios trabalhistas, os afastamentos ao trabalho e a ocupação recorrente destes pacientes aos hospitais, leitos de UTI, entre outros”.

Desde o dia 2 de maio, através de uma portaria assinada pelo Secretário João Gabbardo dos Reis, está expressamente proibido fumar em todos os prédios da Secretaria Estadual da Saúde, incluindo as instalações de Porto Alegre e do interior do Rio Grande do Sul. A medida atinge diretamente cerca de sete mil funcionários que atuam em 30 unidades da Saúde, além do público externo que circula por estas dependências.

Fonte: www.antidrogas.com.br

Ricardo Roslindo
Enfermeiro

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Crianças na plantação de fumo

Qua, 02 de Julho de 2008 00:00
JB On line – Agência Brasil - 2 de julho

Indústrias negam incentivar trabalho infantil nas plantações de fumo

BRASÍLIA - Os preços praticados pela indústria do fumo para comprar o tabaco dos produtores não cobre os custos da mão-de-obra e obriga os agricultores a usar as famílias como força de trabalho. A denúncia é da procuradora do Trabalho Margaret Matos, que participou, nesta quarta-feira, da audiência pública no Senado que avaliou o trabalho infantil nas plantações de fumo na Região Sul do país.

- O sistema de integração faz com que as crianças sejam envolvidas na produção, porque de outra forma as famílias não conseguiriam atingir nem a produtividade e nem a qualidade exigida pelas indústrias - afirmou a procuradora.

No entanto, o presidente do Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo), Iro Schünke, alegou que os preços foram acertados entre as indústrias e a associação dos produtores.

Schünke afirmou também que as empresas "fazem sua parte", tentando conscientizar os produtores para que não utilizem trabalho infantil, mas que as empresas não tem "poder de polícia".

- Isso [combate ao trabalho infantil] deve envolver orgãos públicos para dizer o que pode e o que não pode - declarou o representante das empresas.

A procuradora do Trabalho também declarou que as empresas praticam um esquema de financiamento para os insumos que deixa os agricultores endividados e coagidos a continuar produzindo o tabaco.

Segundo Margaret, o trabalho nas plantações de tabaco faz com que a nicotina intoxique as crianças.

- O cognitivo dessas crianças é totalmente prejudicado. Elas não conseguem ter uma escolaridade condizente com a idade - destacou a procuradora.

Margaret disse que o Ministério Público do Trabalho entrou com uma série de ações civis públicas "buscando reparar os danos praticados pelas indústrias e impedir que as condições permaneçam as mesmas".

Ricardo Roslindo
Enfermeiro

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Para conhecimento geral.Quando a Souza Cruz investe no plantio de fumo.

Tudo isto poderia ser revertido em plantio de alimentos para humanidade...

Técnica float de plantio de fumo

Para garantir que cada cigarro produzido pela Souza Cruz tenha o mesmo padrão de qualidade e a personalidade que caracteriza cada marca, a empresa acompanha muito de perto todas as fases de sua produção, em especial o plantio do fumo. Desde 1918, a empresa firmou uma parceria até então inédita no país: Estabeleceu a compra de 100% de sua matéria-prima junto a fumicultores integrados. Foi desta forma que a cultura do tabaco se transformou em uma das mais garantidas fontes de renda para as pequenas propriedades do Sul do país.

A necessidade de adequar a produção brasileira às exigências do mercado internacional também repercutiu positivamente na fumicultura brasileira. A sofisticação exigida melhorou consideravelmente a relação de aproveitamento dos recursos naturais disponíveis, especialmente a água e o solo. Os cerca de 45 mil produtores são assistidos tecnicamente pela Souza Cruz, cujas pesquisas constantes aperfeiçoam as formas de produção, racionalizando insumos e barateando os custos. Isso se dá pelo fornecimento de sementes de variedades adequadas a cada produtor, de acordo com o clima e o solo de cada propriedade. Adubos, corretivos, equipamentos e demais insumos necessários à cultura também lhe são fornecidos, sendo financiados através do crédito rural e pagos com a venda da safra. Os investimentos realizados - como construção de estufas, paióis e galpões - são financiados junto à rede bancária -, pela empresa.

O produtor típico é o minifundiário do Sul do país, com uma propriedade que tem, em média, 20 hectares de extensão, dos quais apenas 10%, ou seja, 2 hectares, são empregados na produção de tabaco, durante cerca de quatro meses ao ano. A alta produtividade e estabilidade do mercado, onde os preços mínimos são estabelecidos antes da safra, fazem desta a principal atividade econômica das pequenas propriedades espalhadas por mais de 600 municípios, nos três estados da região. Grande parte do interesse dos agricultores na produção vem do fato de que o fumo é, no Brasil, o único gênero agrícola que tem a venda de toda a produção garantida e com preços preestabelecidos por acordo, antes da colheita. Em geral, uma colheita rende de 1,9 mil a 2,4 mil quilos de fumo por hectare. No restante da propriedade o fumicultor diversifica, produzindo outras culturas, e cria animais - especialmente aves e bovinos.

Os fumos adquiridos pela Souza Cruz são basicamente de dois grupos: o estufa, com o tipo virgínia, que são curados com fonte de calor, e os tipos burley e comum, curados naturalmente. Depois de semeadas, as mudas levam cerca de 60 dias para atingir o tamanho ideal para o plantio. Trata-se de uma fase especialmente cuidadosa, onde o controle de pragas e doenças deve ser intensivo, para evitar o comprometimento de toda a safra. Graças às pesquisas e desenvolvimento de tecnologia agrícola empreendidas pela Souza Cruz, é correto afirmar que a cultura de fumo no Brasil é, atualmente, uma das que menos utiliza agroquímicos. Neste aspecto, o Sistema Float, desenvolvido pela Souza Cruz, de produção de mudas em bandejas, pode ser considerado o mais significativo avanço obtido pela cultura de fumo , tendo em vista que sua utilização não apenas reduziu drasticamente a utilização de agroquímicos, como também suprimiu inteiramente a necessidade de utilização do Brometo de metila.

Quando estão no tamanho ideal, as mudas são transplantadas para a lavoura, já com a área adubada. No interesse da plena conservação do solo, os técnicos da Souza Cruz têm uma permanente preocupação em instruir os fumicultores sobre técnicas mais adequadas, como o plantio direto e a rotação de culturas, essenciais para a preservação do solo das pequenas propriedades. A colheita das folhas é iniciada cerca de 60 dias após o plantio. Neste período, o agricultor monitora o crescimento, realiza o controle integrado de pragas e doenças, além de realizar a capação, ou seja, a retirada das flores para que as folhas se desenvolvam mais, com mais peso e qualidade. No fumo estufa, a colheita se processa por etapas, num cuidadoso trabalho manual, em sucessivas apanhas, que começam das folhas inferiores e vão até as superiores, de acordo com seu crescimento e maturidade. As folhas do fumo galpão amadurecem uniformemente e, na colheita, a planta é cortada de uma só vez.

Após a colheita, as folhas no fumo estufa, ou as plantas no fumo galpão, são amarradas em varas e levadas para secar em estufas ou galpões, dependendo do tipo. No processo de secagem, além da perda da água e da mudança da cor (que dá ao fumo curado o seu característico tom amarelado ou castanho), as folhas sofrem uma série de transformações bioquímicas. Estas transformações são essenciais para a característica de sabor específico às diferentes marcas de cigarros. Depois de curado, o fumo é armazenado em paióis, onde aguarda a comercialização. Antes de ser enviado às Unidades de Processamento da Souza Cruz, os produtores o acondicionam em fardos, que são transportados por caminhões contratados pela empresa até os depósitos das fábricas, em condições ideais de conservação e higiene. Após a colheita, a maioria dos fumicultores planta milho, feijão ou adubação verde. Além de aumentar a lucratividade, estas proporcionam o uso racional do solo. A Sousa Cruz produz cerca de 85 bilhões de cigarros, a cada ano. Cada cigarro contém cerca de 0,8 gramas de fumo.

A necessidade de atualizar tecnologicamente a produção de mudas de fumo levou a Souza Cruz a desenvolver uma pesquisa de todas as técnicas disponíveis no mundo. A considerada mais adequada foi a denominada float. Nela, as mudas crescem em um substrato especial, colocado nas células de bandejas de isopor, que ficam imersas em água, sob túneis plásticos, na umidade ideal. Superadas dificuldades normais de difusão, em 1997 o índice de adoção da técnica foi de 15%. Na safra 98/99, o percentual subiu para 50%, com previsão de alcançar todos os produtores no ano seguinte. A melhora na qualidade das mudas, maior facilidade de transplante, redução do uso de agrotóxicos e lavouras mais homogêneas e produtivas resultaram na exportação da tecnologia para 16 países e o reconhecimento no 1º Prêmio Finep/1998.

Fonte:
http://www.expressao.com.br/finep/premio_finep_venc.htm
http://www.souzacruz.com.br/cultura_producao.htm
http://www.tierramerica.net/capadeozono/firmesavances.shtml

acesso em maio de 2002
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Ricardo Roslindo
Enfermeiro

Ricardo Roslindo disse...

Para conhecimento geral.ATENÇÃO.
Fique atento.

Conheça o cigarro eletrônico.
O primeiro método antitabagismo em que você estará livre do cigarro no primeiro dia de tratamento!

Valor de importação:


Charuto eletrônico:R$.420.00

Cigarro eletrônico:R$.380.00

Mini-cigarro eletrônico:R$.380:00O

Cigarro Eletrônico foi elaborado em um revestimento de aço inoxidável, com uma bateria de lítio, um microprocessador, uma câmara atomizadora, e um Led indicador na ponta do cigarro eletrônico (ele acende quando você da uma tragada e também indica outras funções). Isto permite o Cigarro Eletrônico imitar o processo completo de fumar. O Cigarro Eletrônico cria uma atmosfera cultural de fumar saudavelmente e, segundo peritos e psicólogos, é uma combinação perfeita da nova tecnologia para uma vida saudável.

A “fumaça” é na verdade vapor de água. O Cigarro Eletrônico possui um microprocessador que ao perceber que o usuário está tragando, libera vapor de água com sabor do tabaco e nicotina. Logo, não se trata de fumaça, pois não existe combustão.

A principal diferença do cigarro eletrônico em relação aos outros produtos é a simulação do ato de fumar, que ajuda as pessoas a largar o vício. Pela primeira vez o fumante dispõe de um produto que, além de reduzir gradativamente o teor de nicotina utilizado, permite que se mantenha o hábito de fumar.

Ele parece um cigarro comum e permite às pessoas sentirem o prazer de fumar. Isso faz ele ser diferente.

Os cartuchos acompanham o Cigarro Eletrônico e poderão ser comprados a qualquer momento. Eles vêm em quatro níveis de nicotina: alto, médio, baixo e zero. São “esponjinhas” que devem ser colocadas dentro do Cigarro Eletrônico, em local especifico. È do cartucho que vem o sabor do tabaco. Além disto, os cartuchos contém nicotina no teor desejado, sendo que no final do processo de abandono do vício, você poderá utilizar cartuchos de nicotina ZERO, somente com o sabor do tabaco.

A bateria do Cigarro Eletrônico é recarregável. Assim, enquanto você dorme à noite, seu cigarro estará carregando, para poder ser utilizado durante todo o dia seguinte.

Por não produzir cheiro algum no ambiente, o Cigarro Eletrônico pode ser utilizado em ambientes fechados, o que permitirá ao usuário fumar sem importunar as outras pessoas.



Parar de fumar nunca foi tão simples, bastando seguir os seguintes passos:


Você começará fumando seu Cigarro Eletrônico com cartuchos de alto teor de nicotina.
Com o tempo, passará a fumá-lo com cartuchos de médio teor de nicotina.
Um pouco mais e você estará fumando seu Cigarro Eletrônico com cartuchos de baixo teor de nicotina
Finalmente você poderá fumar seu Cigarro Eletrônico com cartucho de nicotina ZERO.

Já imaginou poder fumar sem prejudicar sua saúde? Já imaginou poder fumar em qualquer lugar sem importunar as outras pessoas? Agora isto é possível com o CIGARRO ELETRÔNICO. Um cigarro que você poderá fumar em qualquer lugar, pois sua fumaça é na verdade vapor de água com o sabor do tabaco e, conforme o caso, diferentes teores de nicotina. O melhor sistema antitabagismo já visto. Você reduzirá gradativamente o teor de nicotina utilizado em seu Cigarro Eletrônico até estar livre do vício. Além do design super moderno, a mesma sensação e prazer em fumar! Sucesso na Europa, agora no Brasil!

Ricardo Roslindo
Enfermeiro

Ricardo Roslindo disse...

O fumo do cigarro contém substâncias que matam

{Um pouco de história} {Função respiratória}

FUMAR MATA:



Substâncias tóxicas e cancerígenas

O fumador passivo - O que não tem culpa

COMPONENTES DO TABACO

Na combustão do tabaco produzem-se milhares de substâncias (gases, vapores orgânicos e compostos libertados em forma de partículas) que são transportadas pelo fumo até aos pulmões.

Estas actuam principalmente sobre o aparelho respiratório, ainda que algumas delas sejam absorvidas passando à corrente sanguínea a partir da qual actuam sobre o organismo.

Tais substâncias podem agrupar-se desta forma:

1. Nicotina:

É o alcalóide responsável pela maior parte dos efeitos do tabaco sobre o organismo e a que gera dependência física. A vida média da nicotina no sangue é inferior a 2 horas e se se reduz a sua concentração aparecem os sintomas que alertam o fumador para o desejo de novo cigarro.

2. Irritantes:

O fumo do tabaco contém muitas substâncias irritantes como a acroleína, fenóis, peróxido de nitrogénio, ácido cianídrico, amoníaco, etc., que são responsáveis pela contracção bronquial, pela estimulação das glândulas secretoras da mucosa e da tosse típica do fumador e, definitivamente, pela alteração dos mecanismos de defesa do pulmão.

3. Alcatrão e outros agentes cancerígenos:

Incluem-se neste grupo toda uma série de substâncias tóxicas que contribuem para as neoplasias associadas ao consumo de tabaco, sendo a mais estudada o alfabenzopireno.

4. Monóxido de carbono:

Trata-se de um gás incolor de elevada toxicidade presente em grande concentração no fumo do tabaco. Tem uma grande facilidade de associação com a hemoglobina, diminuindo a capacidade dos glóbulos vermelhos em transportarem oxigénio.

Efeitos

Fumar um cigarro dá lugar a um aumento do ritmo cardíaco, da frequência respiratória e da tensão arterial, gerando um aumento do tónus a nível de todo o organismo.

Ao inalar o fumo, a nicotina actua no cérebro (SNC) de forma quase imediata produzindo uma sensação recompensante para o fumador, sendo que a reiterada prática deste acto acaba por consolidar-se como rotina para o indivíduo. A partir deste momento pode-se falar de dependência da nicotina. A supressão brusca da taxa de nicotina no sangue produz uma sintomatologia ampla, que evidencia um síndroma de abstinência tabágica o qual é representado da seguinte forma: intranquilidade ou excitação, aumento da tosse e expectoração, ansiedade e agressividade, mau humor, falta de concentração na condução de veículos, aumento de peso, etc.

Ainda que o tabaco seja uma droga estimulante, a maioria dos fumadores considera que é relaxante, devendo-se esta sensação ao facto de uma vez instalada a dependência fumar acalma a ansiedade que é gerada pelo não consumo.

O que acontece no corpo humano

Aparelho respiratório:

O fumo do tabaco produz uma acção irritante sobre as vias respiratórias desencadeando uma maior produção de muco e dificuldade na sua eliminação. A irritação contínua dá lugar à inflamação dos brônquios, bronquites crónicas. As secreções dificultam a passagem do ar o que origina obstrução crónica do pulmão e sérias complicações, como o enfisema pulmonar.

Diminuição da capacidade pulmonar: os fumadores vêem reduzida a resistência ao exercício físico.

Por outro lado, é certa a relação causa–efeito entre o tabaco e o cancro do pulmão. Existe uma forte relação entre o risco de desenvolver esta doença e a quantidade de tabaco consumido, idade de início do consumo, número de inspirações que se fazem por cada cigarro fumado e o costume que se tem de manter o cigarro na boca entre uma e outra inspiração.

Aparelho circulatório:

O tabaco é um factor de risco importante no que se refere a doenças cardiovasculares, como a arterosclerose que por sua vez está na base de enfartes, AVC por trombose ou hemorrágicos.

Gestação (GRAVIDEZ)

Numerosos estudos evidenciaram que o tabagismo materno influencia o crescimento fetal, de forma especial o peso do recém-nascido.

Também esta droga está na origem do aumento das taxas de aborto expontâneo, complicações durante a gravidez e do parto e nascimentos prematuros.



Outras consequências do tabaco no corpo humano

Sem pretender fazer uma enumeração exaustiva, ficam aqui alguns dos efeitos comuns nos fumadores crónicos:

- Úlceras digestivas;

- Faringites e laringites, afonias e alterações do olfacto;

- Pigmentação da língua e dentes assim como disfunção das papilas gustativas;


- Cancro do estômago e da boca.




Substâncias tóxicas e cancerígenas

O fumo do cigarro contém mais de 50 substâncias tóxicas e cancerígenas. Quem fuma 20 cigarros por dia inala 300mg de alcatrão e 30 mg de nicotina.

O consumo de tabaco está relacionado com:

-Doença vascular - doença coronária e arterial periférica oclusiva (levando à amputação de membros devido à isquémia arterial).

-Doenças respiratórias - a paralisação dos cílios vibráteis da mucosa brônquica, a consequente retenção de poeiras e a deposição de alcatrão, a irritação crónica, e as consequentes bronquite crónica, enfisema pulmonar e cancro do pulmão, levando à mortalidade 6/1 (relativamente a não fumadores).

-O cancro, dos pulmões, laringe, boca, esófago e outros, pelos carcinogéneos do fumo do cigarro, mata 11 vezes relativamente ao não-fumador.

-As doenças gastrointestinais e as úlceras (feridas da mucosa) que a nicotina, através dos seus efeitos: aumento da secreção ácida, e da peristalse e do refluxo esofágico.

-O desarranjo do sistema imunitário (o grande defensor de agressões externas e também o preservador da integridade harmónica que é a vida).

-A impotência e a infertilidade - a afectação do sistema vascular antecipa o fim da jovialidade.

O Ministério da Saúde Alemão afirma que, pelo menos 40% de todos os cancros no homem poderiam ser evitados se a "erva nociva" não fosse consumida.

Fumar, não só conduz a muitas mortes prematuras, mas também a uma redução considerável na qualidade de vida e no bem-estar das pessoas.

E o fumador passivo?

(Aquele que tem que viver ou trabalhar ao lado dos fumadores, )

Os não-fumadores e os filhos dos fumadores acabam por absorver tantas substâncias tóxicas e cancerinogéneas como o fumador activo, e assim aumentam o risco do cancro do pulmão, tem efeitos nocivos nas crianças em gestação, e as crianças cujos pais fumam sofrem mais frequentemente de doenças respiratórias.

Algumas crianças experimentam o primeiro cigarro entre os 10 e os 12 anos de idade, na maior parte dos casos por curiosidade ou para se sentirem "como os mais crescidos". Em regra geral, o primeiro cigarro não sabe muito bem!

E as primeiras experiências intensivas com o tabaco ocorrem geralmente entre os 14 e os 16 anos. São frequentemente estas experiências que determinam se uma pessoa irá ou não tronar-se um fumador.

O caminho que os fumadores percorrem até, mais ou menos, estabilizarem os seus hábitos, é um percurso que podemos dividir em 3 etapas:

1ª Os factores psicológicos e sociológicos são os mais importantes para quem acende o primeiro cigarro.

2ª Nesta, o fumar é um prazer; o fumador goza a calma e os efeitos suavemente estimulantes da nicotina e a sua interacção com os componentes motor-sensoriais do hábito;

3ª O fumador pode então progredir para esta fase onde poucos cigarros são ainda um prazer positivo mas sim o comportamento é já largamente controlado pela necessidade de adiar ou evitar os efeitos da privação do tabaco (nicotina). Aqui o fumador é já um viciado.

Toscamente aceita-se para estimativa da percentagem de fumadores viciados na nicotina, com o seguinte número de cigarros: se fuma mais de 20 cigarros por dia, 95% destes fumadores são nicotino-dependentes; se entre 10 e 20 cigarros por dia, são 50%, e se menos de 10 cigarros por dia, são só 30% dependentes.

Há imensos motivos para deixar de fumar:

-aumenta a esperança de vida,
-a saúde melhora,
-recuperam-se as capacidades desportivas,
-poupa-se muito dinheiro,
-o olfacto e o paladar tornam-se mais apurados,
-a pele recupera a saúde original,
-os dentes voltam ao branco original,
-dá-se bom exemplo aos filhos.
Quer deixar de fumar?
Escolha um destes caminhos:
-deixe de uma vez por todas,
-reduza gradualmente até abandonar,
-reduza drasticamente o número de cigarros diários

http://web.educom.pt/pr1305/cigarmat.htm.

Ricardo Roslindo

Enfermeiro

Ricardo Roslindo disse...

22/08/2007 - 18h36
Rolling Stones desrespeitam lei antitabaco na Inglaterra
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da Efe, em Londres

Dois membros da banda Rolling Stones infringiram a lei antitabaco do Reino Unido, vigente desde o dia 1º de julho. Eles acenderam cigarros durante o primeiro dos três concertos da banda na Inglaterra.

AP

Banda Rolling Stones fez show da turnê mundial "A Bigger Bang" no Reino Unido
Os guitarristas Keith Richards e Ron Wood ignoraram a nova lei antitabaco e fumaram um cigarro cada um durante a apresentação dos Rolling Stones no estádio O2, na região de Greenwich, durante sua turnê mundial "A Bigger Bang".

No entanto, um porta-voz da Prefeitura de Greenwich informou que, até o momento, não haviam sido recebidas queixas por parte do público sobre a atitude dos artistas.

Segundo o porta-voz municipal, os responsáveis pelo estádio foram lembrados de sua obrigação de "impor a legislação antitabaco".

Richards já esteve perto de ter problemas por causa do cigarro no ano passado, quando desobedeceu à proibição de fumar durante um show no estádio de Hampden Park, em Glasgow (Escócia), no qual o guitarrista acendeu um charuto.

Naquela ocasião, no entanto, a sorte também esteve ao lado do músico, pois foi determinado que a legislação escocesa antitabaco, que entrou em vigor em março de 2006, não afetava o palco do estádio.
Ricardo Roslindo
Enfermeiro

Ricardo Roslindo disse...

18/03/2008 - 09h55
Livro explica o cigarro como prazer e risco e mostra tabagismo como epidemia; leia capítulo
da Folha Online

"O Cigarro", da coleção "Folha Explica", apresenta uma grande reportagem sobre um tema atual e polêmico, em que o repórter especial da Folha Mario Cesar Carvalho conta a história da indústria do cigarro e mostra que o fumo é a maior causa de mortes evitáveis na história da humanidade. O primeiro capítulo pode ser lido abaixo.

Divulgação

Realista, autor explica que fumar vicia porque é agradável
A obra mostra, por exemplo, que a indústria do cigarro sabia da relação entre fumo e câncer desde os anos 50, mas que tentou esconder esse fato até a década de 90, utilizando o cinema de Hollywood e a indústria publicitária para manipular a opinião pública a favor do cigarro.

Descrito com clareza o cenário que levou à disseminação do cigarro, o autor mostra como ocorreu a tomada de consciência da sociedade em relação aos malefícios do fumo.

O ponto alto do livro está no capítulo "Por que o Cigarro Conquistou o Mundo". Nele, o autor toca num ponto quase nunca lembrado, mas fundamental para entender qualquer dependência química: o usuário sente prazer ao consumir a droga.

Como o nome indica, a série "Folha Explica" ambiciona explicar os assuntos tratados e fazê-lo em um contexto brasileiro: cada livro oferece ao leitor condições não só para que fique bem informado, mas para que possa refletir sobre o tema, de uma perspectiva atual e consciente das circunstâncias do país.

Ricardo Roslindo
Enfermeiro

Ricardo Roslindo disse...

26/02/2007 - 18h35
Especialista ensina em livro como parar de fumar para sempre
da Folha Online

Escrito por um dos maiores especialistas no combate ao vício de fumar, o livro "Pare de Fumar para Sempre", de Martin Raw, ensina o que é preciso fazer para parar de fumar e por que vale a pena livrar-se do vício e tornar-se mais saudável.

Divulgação

"Pare de fumar para sempre" traz dicas realistas para largar o cigarro
Além de orientar fumantes sobre o uso de medicamentos e outros tratamentos, como a terapia de reposição de nicotina, a obra traz informações precisas sobre o momento da parada, os cuidados para se manter longe do cigarro e os riscos associados ao tabagismo.

Por trabalhar há mais de três décadas na orientação de fumantes e ex-fumantes, Martin Raw sabe que a vontade de parar é fundamental, mas o processo é extremamente complicado. Por isso, diz ele, milagres não funcionam, e o "processo tem que ser seguido passo a passo".

Seu livro é dividido em quatro etapas principais: Quando se pensa largar o cigarro, Como se preparar para deixar de fumar, Parar de fumar e Como se manter sem fumar. Em cada uma delas, tabelas e relatos interativos fazem com que o leitor/fumante ganhe segurança e se conheça melhor.

Também deixam o livro mais interessantes uma série de curtos relatos, de pacientes já tratados por Martin Raw, e um guia com perguntas freqüentes feitas por quem deseja largar o cigarro.

Confira perguntas respondidas por ele no livro:

- Será que, para começar, eu deveria parar aos poucos?
- Posso mudar para cigarros com menor teor de alcatrão?
- Devo guardar alguns cigarro, só para prevenir?
- Como é a síndrome de abstinência e quanto tempo dura?
- Preciso de algum tratamento complementar? (faça o teste)

"Pare de fumar para sempre"
Autor: Martin Raw
Editora: Publifolha

Ricardo Roslindo
Enfermeiro